Depois da demolição de parte do prédio da Unidade Básica de Saúde (UBS) do Bailique, a 184 quilômetros de Macapá, a prefeitura da capital, assim como a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e o governo do Estado, receberam na tarde desta segunda-feira, 9, uma recomendação do Ministério Público Federal. O órgão quer a realocação imediata da unidade de saúde. Os atendimentos estão comprometidos porque parte do centro foi interditada pela Defesa Civil por estar correndo risco de desabar.
O problema começou na semana passada quando a força da maré atingiu a orla das vilas Progresso e Macedônia, que tiveram pelo menos 15 casas derrubadas e outras 30 estão em situação de risco, incluindo a única unidade de saúde que foi parcialmente demolida pela Defesa Civil. De acordo com o MPF, a recomendação se faz necessária para dar celeridade ao retorno do atendimento médico na região. “Em seguida, a prefeitura e o governo devem contratar médico especialista em urgência e emergência e profissionais de saúde para atender em escala de plantão no período da noite”, afirma o MPF.
Durante uma visita que membros do MPF fizeram à comunidade entre os dias 21 e 28 de fevereiro, foram detectados outros problemas na unidade de saúde entre eles a falta de medicamentos e combustível. “Por isso houve a necessidade de incluir na recomendação outras medidas como ações imediatas relacionadas à aquisição de medicamentos, insumos, materiais de limpeza e combustível. Segundo apurado em diligência no local, a unidade de saúde não armazena vacinas e soro antiofídico por falta de combustível para alimentar o gerador de energia”, destacou o procurador Felipe Moura Palha.
A recomendação estipula um prazo de 120 dias para que a prefeitura, junto com governo do Estado, apresente uma proposta para a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Bailique. O objetivo é que a unidade possa ter entre seus atendimentos a realização de exames laboratoriais, raio-X e ultrassonografias.