revolta: Funcionários da Zamin denunciam sucateamento da ferrovia

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Funcionários da mineradora Zamin voltaram se reunir nesta quarta-feira, 18, para cobrar da empresa salários e benefícios atrasados. Os trabalhadores reclamam que mesmo sem ter atividades, estão indo para a empresa todos os dias. Os profissionais ganharam apoio do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas dos Estados do Amapá e Pará, e vão levar o problema ao Ministério do Trabalho. Eles denunciam também o sucateamento da ferrovia, que está desde o início do ano sem fazer nenhum tipo de transporte devido a falta de manutenção.

Trabalhadores da Zamin em reunião hoje no Sindicato dos Extrativistas

Trabalhadores da Zamin em reunião hoje no Sindicato dos Extrativistas

Cerca de 80 funcionários, entre maquinistas, operadores, serviços gerais e manutenção, reivindicam três meses de salários atrasados e mais quatro meses de vale alimentação, além de melhores condições de trabalho, pagamento do plano de saúde e a abertura de uma mesa de negociação. “Não podemos trabalhar sem pagamento. Tem colegas nossos que estão sendo despejados. Sem falar, que a estrada de ferro está caótica. Não podemos trabalhar com essa precariedade”, frisou o maquinista, Lindoval Cardoso Santos.

Foto feita por trabalhadores para denunciar o sucateamento da ferrovia

Foto feita por trabalhadores para denunciar o sucateamento da ferrovia

Segundo o sindicato, a mineradora deve quase R$ 200 milhões para fornecedores, funcionários e empresas terceirizadas e não consegue concluir a montagem do novo porto flutuante no município de Santana que desabou em março de 2013. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Extrativas decidiu oficializar a paralisação ao Ministério do Trabalho. “Decidimos comunicar os meios legais para não sermos penalizados”, ressaltou o controlador de Operações Portuárias, Sansão Souza.

Estrada de ferro

Na noite de segunda-feira, 16, o governo do Estado informou que pode fazer uma intervenção na estrada de ferro do Amapá, que é administrada pela Zamin. Na verdade, esse patrimônio está abandonado. “As fotos mostram que os trens não circulam desde o início do ano e a ferrovia não tem condições de fazer o transporte de minério ou passageiros”, destacou o presidente do sindicato no Amapá, Paulo Façanha.

Na próxima segunda-feira, 23, uma assembleia geral da categoria vai decidir os rumos do movimento. Pelo que tudo indica a paralisação deve continuar.

Seles Nafes
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