Concursados da Secretaria de Estado da Educação (Seed) de 2005 e 2012 estiveram nesta segunda-feira, 13, na Promotoria de Justiça e Cidadania com o objetivo de provocar o Ministério Público para que entre com ação na Justiça para cancelar o processo seletivo simplificado para professores. Eles reclamam que o processo possui irregularidades, dentre elas a duplicidade de nomes de candidatos, falta de informação, critérios de pontuação não divulgados e chamada de pessoas com vínculos em outros municípios. Para a Seed, ocorreram problemas alguns operacionais, mas não há possibilidade de cancelamento do processo.
“Na minha área foram chamados 8 sociólogos pelo processo seletivo sendo que sou concursada e não fui chamada. Além disso, nós queremos saber por que alguns candidatos considerados inaptos na primeira fase do processo e agora aparecem na lista? Cadê a transparência”, questionou a socióloga concursada de 2012, Katylane da Silva de Oliveira, de 28 anos.
De acordo com a Seed, de 7 mil habilitados foram chamados 1,5 mil distribuídos nos municípios, já que para a secretaria Macapá não possui carência de professores na rede fundamental de ensino.
“Irregularidade é uma palavra muito forte. Tivemos um problema operacional com a duplicidade de nomes, mas já foi resolvido. Detectamos mais de 200 pessoas que apresentaram documentação irregular e já foram retiradas do processo. Se alguém passou de forma ilegal iremos descobrir e vamos exonerar”, afirmou a secretária de Educação, Conceição Medeiros.
Outro questionamento dos concursados é sobre a falta de pontuação no PS de 2015. Não existe uma lista de pontuação ou o critério usado para a chamada. “Isso não estava no edital por que? Como saberei por que fulano passou e eu não? Temos provas de que pessoas do município de Cutias foram chamadas mesmo tendo vínculo com a prefeitura de lá. Como é possível?”, ressaltou o conselheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb, José Nazareno Lima Tavares.
Os concursados chegaram a conversar a portas fechadas com representantes da Promotoria da Cidadania que acertaram reunir com todos os concursados na próxima quarta-feira, 15, às 14 horas na sede da Promotoria. A proposta dos professores é impetrar ação judicial para cancelar o processo seletivo.
Para a Seed, os critérios de avaliação estão expostos claramente no edital e não tem com que se preocupar. Situações pontuais podem ser avaliadas pela ouvidoria da Seed. Amanhã serão chamados 100 professores para as áreas de educação física, história e pedagogia.