O período chuvoso aumentou drasticamente o número de atendimentos por virose na rede pública da capital. Um dos termômetros é o pronto atendimento da Unidade Básica de Saúde “Lélio Silva”, no Bairro do Buritizal, Zona Sul de Macapá. Somente na segunda-feira, 13, foram atendidas 449 pessoas, sendo 335 adultos e 98 crianças. Desse total, metade tinha sintomas como dores pelo corpo, sensação de gripe, vômito ou diarreia. Os profissionais de saúde se assustaram com a quantidade de pacientes.
“Eu estava com dores muito fortes no peito. Quando cheguei aqui tive que aguardar por causa do tamanho da fila. Mas não tem jeito, tenho que esperar”, lamentava-se Caroline Vieira de Brito, que mora no Conjunto Hospital de Base e já teria passado por outras unidades sem sucesso.
No Lélio Silva não existem estatísticas só sobre os casos de virose, apenas sobre o total de atendimentos. Em 2014, foram realizados 91,4 mil atendimentos das mais diversas urgências. Os sintomas da virose são parecidos com os da gripe, mas em muitos casos o tipo do vírus não chega a ser identificado.
O Lélio Silva possui 35 médicos para atender um público que mora desde o Cuba de Asfalto ao Distrito do Coração, na Zona Rural de Macapá. São realizados exames de pré-natal, triagem de sífilis, tipagem sanguínea, reumatismo, teste de Aids, sífilis, hepatite, e de malária, além de hemogramas. Também são realizadas consultas ginecológicas e pediátricas.
“No mês passado foram atendidas 8,4 mil pessoas. Muito acima da nossa média. Mas compreendemos que é um período muito chuvoso e isso ocasiona mais viroses, como é o nosso caso. Na prática isso significa que estamos conseguindo atender a população, mesmo com a alta demanda”, apontou a chefe de estatísticas do Lélio Silva, Wilma Ribeiro.