Um menino de apenas 11 anos pode ter sido assassinado numa comunidade no chamado “CD Rural”, próximo da Rodovia JK. O corpo dele estava dentro de um igarapé e foi encontrado pelo próprio pai depois de buscas no meio da mata com ajuda uma equipe do 1º Batalhão da Polícia Militar. O principal suspeito é um homem de 20 anos que foi o último a ser visto com o garoto. O acusado foi conduzido para a delegacia de polícia depois que os PMs encontraram com ele o celular da vítima.
Ouça o que o sargento Denilson, do 1º BPM, diz a respeito do caso
Davyd Costa Anselmo, de 11 anos, era filho de caseiros de um imóvel da Justiça que fica dentro do CD Rural. O menino, que segundo parentes precisava de medicamentos controlados, sempre era visto brincando com outras crianças, especialmente de futebol.
Ontem à tarde ele foi visto por vizinhos aparentando estar grogue. O garoto estava na companhia de Jordan Filipe dos Santos Melo, de 20 anos. Quando a família já preocupada avisou a polícia, por volta das 21 horas, Jordan, que mora nas proximidades, foi o primeiro a ser procurado para ser interrogado.
Inicialmente ele negou que tivesse visto o menino, mas depois disse que o viu em um igarapé da localidade. Da Rodovia JK até o ramal onde o menino foi visto pela última vez são quase 2 quilômetros de distância, e mais 500 metros até o igarapé.
Os policiais, vizinhos e parentes começaram a procurar na mata com ajuda de Jordan, até que um policial sugeriu ao pai que mergulhasse no igarapé. A suspeita foi certeira. O pai, em choque, encontrou o corpo do filho. Parentes se desesperaram ao ver o menino morto nos braços do pai.
No meio do desespero, os policiais perceberam que Jordan havia desaparecido. Imediatamente uma viatura foi atrás e o localizou já próximo da Rodovia JK. Na revista os policiais encontraram dois celulares com o suspeito. Uum dos aparelhos foi reconhecido pelo caseiro como sendo o celular o filho.
Jordan foi conduzido até o Ciosp do Pacoval como o principal suspeito do possível assassinato, e até às 9 horas da manhã ainda não havia prestado depoimento. Um detalhe chamou atenção da polícia no corpo do menino. Ele usava um cordão prateado. A família diz que Davyd não possuía joias.
Em tempo – Apesar de o acusado ter sido encontrado com o celular do menino e ter tentado fugir, ainda pela manhã o delegado plantonista liberou o acusado por falta de provas
Reportagem e fotos: Jair Zemberg