Ciclo do Marabaixo: Comunidades tradicionais entram na floresta para retirada do mastro

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O Ciclo do Marabaixo continua neste fim de semana no Quilombo do Curiaú. No sábado às 9 horas integrantes da Associação Berço das Tradições Amapaenses devem ir para as florestas da comunidade participar da cerimônia de retirada do mastro. Depois da derrubada dos troncos terá rodada de Marabaixo no barracão da Tia Gertrudes, no Bairro Santa Rita, antiga Favela.

A retirada do mastro é uma tradição secular que se repete durante o Ciclo do Marabaixo. As quatro comunidades do Laguinho e do Bairro Santa Rita, que festejam o Divino Espírito Santo e a Santíssima Trindade, entram na mata tocando caixas e dançando para retirar os trocos que serão levados para as casas onde acontecem os festejos. Os troncos são erguidos em uma cerimônia conhecida como Domingo do Mastro, ápice do louvor à Santíssima Trindade. Neste ano será dia 24 de maio.

Os festejos são em homenagem à Santíssima Trindade, um dos símbolos da fé cristã

Os festejos são em homenagem à Santíssima Trindade, um dos símbolos da fé cristã

Este ano um dos grandes destaques é a conscientização ambiental da comunidade do Santa Rita. Costumeiramente cada comunidade retira da floresta dois mastros, onde são penduradas as bandeiras da Santíssima Trindade. Hoje, essa tradição foi alterada e apenas um mastro é retirado. O outro é de acrílico. Em substituição ao ato de derrubar dois troncos, a comunidade traz do Curiaú mudas de árvores nativas, que as crianças são incentivadas a plantar no bairro.

No Bairro Santa Rita os festejos são em honra a Santíssima Trindade, que é um dos mistérios da crença cristã que acredita em um só Deus, formado pelo Pai, Filho e Espírito Santo.

Os mastros são erguidos em uma cerimônia conhecida como Domingo do Mastro

Os mastros são erguidos em uma cerimônia conhecida como Domingo do Mastro

As cores azul e branca, da Santíssima Trindade, predominam na casa de Natalina Costa, filha de Gertrudes Saturnino, pioneira do Marabaixo da Favela. É no Barracão da Tia Gertrudes, uma das primeiras moradias do bairro, que acontecem os festejos desde a década de 40. 

 

Seles Nafes
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