Em assembleia extraordinária na noite de quarta-feira, 27, os servidores da Justiça decidiram retomar o movimento grevista. Na verdade será uma nova greve, já que a primeira foi considerada ilegal pela própria Justiça. Os servidores decidiram que cruzarão os braços a partir do próximo dia 9 de junho.
A assembleia foi realizada na sede do Sindicato dos Serventuários da Justiça (Sinjap), no Bairro Santa Rita. A primeira greve foi considerada ilegal numa ação movida pelo próprio Tribunal de Justiça. A sentença entendeu que não foi respeitada a permanência mínima de 30% dos servidores efetivos, o que teria comprometido os trabalhos do Judiciário
Além disso, o juiz Luciano Assis considerou em seu despacho que a categoria continuava em diálogo com a direção do tribunal de Justiça, e que a greve era desnecessária.
A categoria, que não aceita os 4% de reajuste, e afirma que a direção do Tribunal de Justiça tem priorizado a remuneração direta e indireta dos magistrados.
“A presidente Sueli Pini deu 16% de aumento para os juízes e apenas 4% para os servidores. No mesmo dia em que a greve foi considerada ilegal, ela mandou continuar os pagamentos retroativos do auxílio moradia dos juízes que estava suspenso pelo CNJ”, criticou Gesiel Oliveira, diretor do Sindicato dos Serventuários e representantes dos oficiais de Justiça.
Segundo ele, o aumento para 100 juízes teria gerado um impacto de R$ 4,5 milhões por mês na folha de pagamento do Judiciário, enquanto que 4% para 1 mil servidores representariam um acréscimo de R$ 2,5 milhões.
O site SelesNafes.Com tentou ouvir a presidente do TJAP, mas o celular estava desligado.