A chuva fina que caiu hoje em Oiapoque não impediu que centenas de pessoas pudessem acompanhar o enterro da cabeleireira Maria de Lourdes, a Lurdinha, assassinada na madrugada da última quarta-feira, 27.
O cortejo percorreu as principais ruas da cidade acompanhado por amigos, colegas de trabalho, parentes e até por pessoas que nem conheciam a cabeleireira. Todos, apesar da tristeza, clamavam por justiça usando palavras de ordem e cartazes.
Quando chegaram em frente ao salão onde Lurdinha trabalhavam o cortejo parou e todos fizeram uma oração e leram poesias. Isso tudo para que o crime não seja esquecido e não volte a acontecer.
Em frente do Ciosp o cortejo parou novamente e a multidão gritava por justiça. O delegado Charles Correa e alguns policiais apenas olhavam a manifestação.
O crime
O corpo de Ludinha, que tinha 57 anos, foi encontrado por funcionários do salão onde ela era proprietária na tarde de quarta-feira. Quando as funcionárias chegaram, o corpo dela estava de bruços na cama, sem as roupas e com sinais de violência física e sexual.
No dia seguinte, a polícia apreendeu um menor de 17 anos que seria namorado de Lurdinha e é apontado como o principal suspeito do assassinato. Ele foi visto por testemunhas saindo da casa dela por volta de 2 horas madrugada.
Segundo a polícia, ele mantinha um relacionamento amoroso com a cabeleireira. Durante depoimento ao delegado Charles Corrêa, titular da delegacia de Oiapoque, o menor confirmou apenas ter mantido relações sexuais com a vítima na madrugada da morte, mas o celular da cabeleireira foi encontrado na casa da namorada dele.
Reportagem e fotos: Humberto Baía