Demora na transferência: Criança que tinha o coração invertido morre no Hospital da Mulher

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Morreu na madrugada desta sexta-feira, 26, no Hospital da Mulher Mãe Luzia o pequeno Carlos Emanuel, de um mês e meio. Ele sofria de cardiopatia congênita, uma anormalidade na estrutura e função do coração. Os pais já haviam recorrido à Secretaria de Saúde, Ministério Público e Defensoria do Estado. A Justiça decretou a transferência imediata do menino para realizar cirurgia em outro estado, mas já era tarde.

Patrícia diz que o filho morreu por negligência

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A criança nasceu com o coração do lado direito do peito e as veias invertidas. O Amapá não tem estrutura para realizar uma cirurgia desse porte, além de não possuir o medicamento necessário para manter o coração do bebê em atividade.

Depois de procurar vários órgãos, os pais receberam no início do mês a decisão judicial que determinava a transferência da criança para um leito em Porto Alegre (RS), mas ainda faltavam condições mínimas para a criança ser conduzida. Além disso, não havia leito disponível.

“Nossa grande dificuldade foi conseguir ajuda. Primeiro para comprar o remédio  que o mantinha vivo. Além disso, precisava de UTI aérea e uma vaga em outro hospital”, destacou o pai da criança, Jairo Silva Nunes.

“Queremos justiça. Meu filho morreu por negligência. Todos os outros estados do Brasil faziam essa cirurgia que ele precisava. Vou lutar até o fim para que isso não aconteça com outras crianças”, desabafou Patrícia Barros da Silva, de 29 anos, mãe de Carlos Emanuel.

A assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que está aguardando um posicionamento do médico que atendeu Carlos Emanuel para emitir uma nota sobre o caso. 

Seles Nafes
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