Greve: Setap requisita força policial para garantir que rodoviários trabalhem

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Sem um acordo fechado, o Sindicato dos Rodoviários (Sinconttrap) continua confirmando para esta terça-feira, 16, o início da greve da categoria por tempo indeterminado. Já o Sindicato das Empresas de Transportes Públicos (Setap) aposta na baixa adesão à paralisação. Pelos cálculos dos empresários, apenas 20% da categoria devem cruzar os braços. O Setap solicitou força policial para impedir que trabalhadores sejam obrigados a aderir à greve em piquetes do sindicato.

Oo presidente do Sincottrap, Genival Cruz, garante que a greve é necessária porque nenhuma reivindicação foi atendida nas mesas de negociação.

“Nós não abrimos mão da redução da carga horária de trabalho para 6 horas, diferentemente das 7 horas que são prestadas hoje. Também queremos ou um fundo saúde de R$ 50 mil, para que o sindicato possa arcar com atendimentos médicos dos funcionários que sofrerem alguma enfermidade, ou a obtenção de um plano de saúde individual. Hoje o nosso fundo é de apenas R$ 15 mil. Também estamos reivindicando um vale alimentação de R$ 600”, explicou o sindicalista.

Genival Cruz: greve é necessária

Genival Cruz: greve é necessária

Cruz diz acreditar que 70% dos trabalhadores irão paralisar.

Já o Setap afirma que o movimento está enfraquecido. A entidade solicitou à PM e à Companhia de Trânsito (CTMac) que ajudem a garantir o direito dos que querem continuar trabalhando.

“Fizemos um levantamento que nos leva a crer que apenas 20% entrarão em greve. Agora o que pretendemos é impedir que seja usada a força para que todo o sistema rodoviário pare, como aconteceu em uma paralisação anterior em que o Sinconttrap tentou colocar corrente nas entradas das garagens”, lembrou contou o assessor do Setap, Renivaldo Costa.

As empresas alegam que não tem como atender as exigências da categoria. O Setap propôs um reajuste de 9% dividido em duas parcelas, além do aumento do vale alimentação para R$ 400.

“Em relação à redução das horas de trabalho dependemos das normas da Justiça do Trabalho, então vamos sugerir que haja um acordo coletivo, uma conciliação entre as partes mediante a justiça, para que possamos chegar a um acordo”, acrescentou Costa.

Uma reunião entre os dois sindicatos que deveria acontecer hoje, 15, foi cancelada.

Seles Nafes
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