Médicos da rede estadual realizaram um protesto em frente a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) na manhã desta quarta-feira, 24. Eles reivindicam melhores condições de trabalho e atendimento humanizado à população. Os profissionais anunciaram uma paralisação de 24 horas.
Segundo o Sindicato dos Médicos do Amapá (Sindmed-AP), em algumas unidades hospitalares faltam medicamentos e curativos que seria o básico para se trabalhar. Além disso, a estrutura física dos prédios não oferece condições de atendimento à comunidade.
De acordo com o Sindmed, o Estado possui cerca de 700 médicos, quase metade atua nos municípios de Macapá e Santana.
“Faltam leitos, remédios, curativos. Para se ter uma ideia, já aconteceram casos de médicos pararem cirurgias porque não havia colírio, uma simples pomada ou produtos para assepsia. Imagine o transtorno para o paciente e para o médico”, frisou a presidente do Sindmed, Helen Melo.
Os médicos ficam de braços cruzados até às 7 horas de quinta-feira, 25. Por enquanto apenas 30% dos profissionais estão trabalhando normalmente. Foram suspensas todas as consultas e cirurgias agendadas para esta quarta-feira.
“Nós estamos insatisfeitos com a realidade da saúde pública no Amapá. Não vamos ser coniventes com isso. Esse é o nosso grito de basta e de socorro”, declarou o médico, Rafael dos Santos.
A assessoria de comunicação da Sesa informou que vai se posicionar sobre o assunto por meio de uma nota, mas adiantou que o Estado passa por um momento de crise financeira e todos devem ter consciência desse impacto nos serviços essenciais para a sociedade.