atuavam na fronteira: MPF denuncia traficantes de armas presos no AP

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Sete pessoas de uma organização criminosa investigada por tráfico internacional de armas, foram denunciadas oficialmente pelo Ministério Público Federal (MPF-AP) à Justiça Federal. As denúncias estão baseadas nos resultados da Operação Cartucheira, deflagrada no dia 19 de março de 2015. Entre os setes denunciados estão um policial civil, um militar e um agente penitenciário.

Segundo as denúncias, a quadrilha traficava armamento e assessórios entre o Amapá e a Guiana Francesa. Dois membros da quadrilha ainda continuam foragidos, são eles: Messias Correa Pereira e Raimundo Amarildo Pereira da Silva. Os demais tiveram as prisões preventivas mantidas, para evitar que fugissem.

Para o procurador da República, André Estima, a quadrilha estava infiltrada dentro dos órgãos de segurança pública, o que facilitava as ações.

“As investigações realizadas pela Polícia Federal, e acompanhadas pelo Ministério Público Federal, revelaram a existência de um grupo organizado e infiltrado em vários órgãos de segurança pública no Amapá. Até viaturas oficiais foram utilizadas para o tráfico de armas”, explicou.

A Justiça Federal vai julgar os acusados. Dois estão foragidos

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De acordo com as investigações, os membros da quadrilha usavam a influência que tinham dentro dos setores de segurança, para conseguir traficar os armamentos e assessórios para solo brasileiro, através da fronteira com a Guiana Francesa.

“Os acusados cometiam esses crimes entre a Guiana Francesa e o Amapá há mais de um ano. Durante esse período, nem mesmo a prisão em flagrante de alguns de seus integrantes, em 2014, foi capaz de conter a atuação da organização criminosa”, revelou o procurador

Segundo o MPF, a pena para o crime de integrar organização criminosa é de reclusão, de três a oito anos, e multa. Para cada uma das condutas de importar, armazenar ou comercializar armas de fogo, munições e acessórios, as penas variam de quatro a 12 anos de reclusão e multa. Os acusados podem ainda perder os cargos públicos que ocupam e ficar inelegíveis’.

O caso:

A prisão de cinco integrantes da quadrilha aconteceu no dia 19 de março, com a deflagração da operação da PF. Na época foram cumpridos sete mandados de prisão, 13 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva, nos municípios de Macapá e Santana.

A investigação começou em março de 2014, quando duas pessoas foram presas com 20 armas, diversas munições, lunetas e silenciadores.

Seles Nafes
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