Uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal a um carro parado no KM-6 da BR-210 terminou na prisão de um oficial da Polícia Militar na madrugada deste quarta-feira, 19. O major Uelton Medeiros, que é chefe da Casa Militar do Governo do Estado, foi levado para a sede da Polícia Federal, na Zona Norte, acusado de desacato e resistência. Policiais rodoviários disseram que precisaram usar gás de pimenta para conter o oficial que foi algemado. O major disse que houve excesso da equipe.
Segundo a PRF, por volta da meia noite, policiais em patrulhamento viram o carro estacionado no acostamento e decidiram fazer a abordagem. Houve discussão, na versão da Polícia Rodoviária, porque o major aparentava estar com sintomas de embriaguez e se recusava a acompanhar os policiais.
Depois de imobilizado com uso de gás de pimenta e algemas, o oficial foi levado para a superintendência da PF e autuado em flagrante por desacato a servidor federal. Mas antes de chegar na sede da Polícia Federal, os policiais rodoviários foram abordados por um motorista informando que o major tinha colidido com um motociclista e fugido do local sem prestar socorro. O acidente ocorreu no Bairro Jardim Felicidade.
“O carro estava parado no KM-6 porque enguiçou depois da fuga. Estava com uma avaria na parte da frente, provavelmente com problemas no radiador. Como o acidente não ocorreu na BR, continuamos com o procedimento e levamos ele para a sede da PF”, comentou o superintendente da PRF no Amapá, Aldo Balieiro.
Uma guarnição da PM apareceu na PF enquanto o flagrante era oficializado para que o oficial da PM foi submetido ao bafômetro, mas ele teria se recusado a fazer o teste. Depois disso, Medeiros foi encaminhado até o Ciosp do Pacoval onde foi autuado em flagrante pelo acidente e depois liberado para responder aos processos em liberdade .
Excesso
O oficial admitiu que houve o acidente, mas disse que a vítima teve escoriações leves. O major disse que vai arcar com todas as despesas médicas do motociclista.
Sobre a abordagem que terminou em detenção, Medeiros disse que houve excesso por parte dos policiais rodoviários federais, e por isso acabou resistindo. Ele não comentou sobre a acusação de estar embriagado.