André Silva –
O Ministério Público deu prazo de 30 dias para que a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) esclareça como e onde foram utilizados os recursos transferidos pelo Ministério da Saúde (MS), na modalidade fundo a fundo, para procedimentos na área de oncologia no Amapá.
O relatório feito pela auditoria do MS e divulgado esta semana, comprovou que parte dos recursos dessa modalidade não foram utilizados pela Sesa. E os que foram, não há comprovação da prestação do serviço contratado, como o que aconteceu em um hospital particular de Macapá.
Os técnicos do MS constataram durante as vistorias, uma autorização para realização de procedimento cirúrgico oncológico em um hospital particular de Macapá. O problema é que esse hospital não é habilitado como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia. Além disso, os auditores não encontraram documento comprobatório da prestação de serviço de cirurgia oncológico pelo Hospital.
Esses tipos de procedimentos cirúrgicos só podem ser realizados por hospitais que estejam habilitados com Unidade de Alta complexidade em Oncologia (Unacon), e o hospital em questão não tem essa habilitação.
O promotor André Luiz Araújo, disse que não há como comprovar desvios de recursos, mesmo sem a apresentação dos empenhos ou qualquer um outro comprovante.
“Não podemos afirmar que o dinheiro que foi transferido para essa finalidade tenha sido utilizado em outra situação. Não podemos nem afirmar se o dinheiro foi sacado”, aponta o promotor.
O promotor já recomendou que a Sesa que faça as readequações orientadas pelos auditores do MS, e esclareça aonde os recursos foram aplicados. Ele deu 30 dias para a secretaria se manifestar.
Sobre esse assunto, a Secretaria de Saúde ficou de se pronunciar nos próximos dias.