Gestores e técnicos do setor da saúde do Estado e da prefeitura de Macapá voltaram a atender o chamado do Ministério Público Estadual para debater a situação do setor. O encontro aconteceu na sede do MP na quarta-feira, 19, e tratou de assuntos como, Hospital Metropolitano, repasse pelo governo do Estado dos recursos destinados à atenção básica e andamento de obras.
A reunião foi conduzida pelo procurador-geral de Justiça do MP-AP, Roberto Alvares, e pelo promotor de Justiça, André Araújo, titular da Promotoria da Defesa da Saúde Pública de Macapá. O encontro reuniu o vice-governador do Estado, Papaléo Paes, o prefeito de Macapá, Clécio Luís, além dos titulares e representantes das secretarias de saúde e obras do GEA e PMM.
O procurador Roberto Alvares relembrou que na primeira reunião, realizada em 23 de julho deste ano, foram definidos prazos para apresentação de um cronograma sobre a retomada das obras do Hospital Metropolitano, e a transferência dessa competência para o Estado.
O secretário adjunto da Secretaria Estadual de Saúde (SESA), Antônio Teles Júnior, fez uma apresentação do orçamento em execução da SESA, apontando as medidas prioritárias na área.
“A situação é bastante complexa, logo, nossa prioridade tem sido urgência, emergência e colocar remédios nos hospitais”, disse.
Os secretários de obra do Estado e município assumiram compromisso de, no máximo, em 15 dias, repassar ao MP-AP todos os encaminhamentos necessários para a conclusão de obras.
O promotor de Justiça André Araújo abordou sobre a transferência dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) destinados à atenção básica.
“Fui procurado pelos secretários municipais de saúde, que alegaram não receber do Estado, desde 2009, os recursos que auxiliam nas áreas de farmácia, vigilância em saúde e a atenção básica. No total, entre 2010 e julho de 2015, o montante chega a R$ 17 milhões de reais”, disse.
O prefeito de Macapá, Clécio Luís, sugeriu atualizar o repasse a partir de agora e negociar a dívida anterior. Sobre esse ponto, foi definido que a partir do próximo mês, os municípios passarão a receber tais recursos ficando a cargo do GEA e prefeituras definirem a forma de parcelamento da dívida deixada por outras gestões.
“Nós não podemos deixar de repassar, em nenhuma hipótese, a partir de setembro, o que se deve aos municípios”, assegurou o vice-governador, Papaléo Paes.
O promotor André Araújo agendou uma reunião, na próxima semana, para a apresentação dos planos de ação referentes ao Hospital Metropolitano, Maternidade Mãe Luzia, que precisa de reforma e ampliação, e da Maternidade de Parto Normal, localizada na Zona Norte, cuja utilização das instalações e a continuidade das obras, segundo o GEA, dependem de autorização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).