André Silva –
Uma lixeira viciada no Bairro Perpétuo Socorro está tirando o sossego dos moradores. Alguns reclamam que estão ficando doentes em função do problema. O lixo acumulado fica ao lado da Caesinha, lugar muito conhecido na região pela violência e tráfico de drogas.
O problema já é antigo, segundo os moradores. E é jogado de tudo no local. Tem peças de carro, sofá, e muito lixo doméstico. Urubus dividem o espaço com cachorros, ratos e gatos, que contribuem para espalhar ainda mais a sujeira.
A aposentada Judite de Sá, 87 anos, conta que mora no bairro há 67 anos. Ela afirma que os próprios moradores jogam o lixo. “A Associação de Moradores é muito parada. Ela não cria projetos que possam reeducar as pessoas. O caminhão do lixo até passa, mas demora muito e o lixo só se acumula”, reclama.
A lixeira fica na rua Hugo Alves Gama, próximo da Avenida José Tupinambá, em um antiga estação da Companhia de Abastecimento de Água e Esgoto do Amapá (Caesa).
O presidente da Associação de Moradores do Perpétuo Socorro, Magno Pantoja, diz que a coleta de lixo acontece, mas não consegue vencer.
“Já falamos com o secretário municipal de Meio Ambiente para fazer alguma coisa com aquela área. Colocar um tapume, sei lá. Mas ele alega que o terreno é do governo federal e foi cedido à Caesa.
O secretário municipal de Manutenção Urbanística, Manoel Barcelar, disse que a limpeza acontece diariamente no bairro. “Há duas semanas nós fizemos uma limpeza naquela área e no entorno do canal da Avenida Hugo Alves. Mas depois de alguns dias já estava tudo sujo novamente”, relatou.
Barcelar acredita que a única saída para o problema e multar quem jogar lixo no local. Os reincidentes devem ser processados por crime ambiental. A multa nesses casos varia de R$ 500 a R$ 1,5 mil.
A Semur ficou de realizar uma nova limpeza na área nesta quinta-feira, 13.