Na tarde desta terça-feira, 25, a Fundação Estadual da Criança e do Adolescente (Fcria) informou que abrirá uma sindicância para investigar o tumulto ocorrido no Centro Socioeducativo de Internação (Cesein) na manhã de hoje, quando um grupo de onze internos subiu no telhado de um dos pavilhões para protestar chamar a atenção da Justiça para dar andamento aos seus processos jurídicos.
A confusão começou por volta das 11 horas e só terminou quando já passava do meio dia. De cima do telhado, eles chegaram a jogar telhas em policiais militares que tentavam conter a confusão. Ninguém ficou ferido e também não houve fuga.
A diretora-presidente da Fcria, Albanize Colares, disse que os processos foram encaminhados no dia 15 de junho para a Defensoria Pública do Estado, que faz a defesa dos internos. “Esses processos já estavam prontos para serem julgados em um mutirão judiciário dentro do próprio Cesein”, destacou.
O mutirão, segundo Albanize, estava marcado para acontecer no dia 10 de setembro, quando seriam julgados os processos dos jovens envolvidos no tumulto. No primeiro mutirão, realizado no dia 14 de julho, foi concedida a liberdade para 12 adolescentes.
O resultado da sindicância, que será realizada para a apurar responsabilidade, vai ser encaminhado à Justiça para que tome as medidas corretivas necessárias para os internos.
Incidente
Albanize Coalares contou que “os onze adolescentes aproveitaram que um dos internos iria receber atendimento médico e fugiram da sela, subindo no telhado do centro”.
A confusão começou por volta das 11h, quando um grupo de 11 internos – oito maiores e seis menores de idade – subiu no telhado de um dos pavilhões do Cesein e arrancaram pedaços de madeira e telhas que foram arremessados em militares dos Batalhões de Rádio Patrulhamento Motorizado (BRPM) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Estoques, armas brancas de fabricação caseira, algumas facas e um canivete foram apreendidos. Os adolescentes envolvidos na confusão foram levados ao Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) e à Delegacia Especializada em Investigação de Atos Infracionais (Deiai).