Na manhã desta quarta-feira, 23, pelo terceiro dia seguido, vigilantes protestaram contra a recomendação do governo para que as empresas que prestam serviço ao Estado reduzam os postos de vigilância em 25%, o que resultaria na demissão de cerca de 1 mil trabalhadores. Por outro lado, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) disse que a máquina governamental precisa cortar gastos como medida para que o Amapá atravesse a crise econômica.
“Nós ainda não recebemos demissão, mas sabemos que é uma questão de tempo. As empresas já mudaram os plantões e na semana que vem devem começar as demissões. Os trabalhadores não podem pagar pela crise”, questionou o vigilante Adriano Silva.
Atualmente, cinco empresas prestam serviços de vigilância para as secretarias de Educação e Administração. Ao todo, elas empregam mais de três mil homens e mulheres que fazem a segurança de patrimônios públicos do Estado.
“São cortes necessários. Enfrentamos problemas financeiros e o contrato da LMS termina no próximo dia 27. É possível que alguns órgãos fiquem sem cobertura de vigilância. Mas a intenção é que possamos resolver a crise com a redução de postos”, frisou o procurador Geral do Estado, Narson Galeno.
O decreto de contenção de gastos foi assinado pelo governador Waldez Góes no dia 31 de agosto, e deve entrar em vigor em até 30 dias. O documento prevê redução de 25%, entre folha de pagamento, consumo de energia elétrica, telefone e água em prédios públicos, combustível, locação de veículos, além da suspensão de contratações. Segundo a Procuradoria Geral do Estado (PGE), a recomendação é necessária e não será revogada.