Estupros: No AP, casos assustam até a polícia

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Este mês duas mulheres foram estupradas e espancadas pelos agressores. Uma teve o cabelo cortado e a outra a mão decepada. Um dos casos ainda é alvo de investigação pela Polícia Civil. Segundo a delegada Clívia Valente, titular da Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DCCM), os índices de estupros não aumentaram, mas a violência empregada contra as vítimas tem assustado até mesmo os policiais.

Na terça-feira, 8, quatro bandidos entraram em uma residência no Bairro Novo Buritizal, renderam uma família inteira, roubaram dinheiro e joias e ainda estupraram e cortaram o cabelo de uma mulher que morava na casa. Esse caso está sendo investigado, e ninguém foi preso ainda.

Delegada Clívia: o número de estupros não aumentou, mas violência é maior. Foto: Cassia Lima

Delegada Clívia Valente: o número de estupros não aumentou, mas a violência assusta. Foto: Cassia Lima

Na noite de domingo, 13 , no município de Cutias do Araguari, a 183 quilômetros de Macapá, uma mulher de 30 anos e grávida de 3 meses, foi estuprada por três vizinhos e teve uma das mãos decepada. Ela ainda está internada no Hospital de Emergência. Os acusados foram presos.

“A vítima do Buritizal está muito abalada. Prestou um depoimento difícil e muito emocionado. Temos informações de que ela foi estuprada por apenas um criminoso. Mas isso não diminui a dor dela. Sem contar que ainda cortaram seu cabelo, como forma de marcar a vítima”, frisou a delegada.

“Estamos procurando possíveis desavenças ou rixas com a vítima, mas até agora não temos nada. Uma das alternativas é trabalhar com um possível psicopata. Mas ainda temos investigações a fazer”, finalizou a delegada.

Casa que foi invadida por assaltantes no Bairro Novo Buritizal

Casa que foi invadida por assaltantes no Bairro Novo Buritizal

De acordo com dados da DCCM, de janeiro a agosto de 2015 foram registrados 63 casos de estupros no Amapá. No mesmo período do ano passado foram 69. Conforme um levantamento do Ministério Público, em 92% dos casos de agressão contra mulheres o responsável é o próprio companheiro ou ex.

No caso de Cutias, os agressores eram vizinhos da vítima. Há informações de que eles teriam uma desavença com o marido da mulher. Já no caso ocorrido no Buritizal, ainda não há explicação para tanta violência.

Seles Nafes
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