Professores da rede estadual de ensino realizaram um ato público pedindo valorização da categoria na manhã desta quinta-feira, 15. No Dia do Professor, comemorado nacionalmente, o movimento no Amapá reuniu cerca de 50 profissionais da educação na Praça da Bandeira. À noite terá uma programação cultural no local.
O Dia do Professor foi decretado dia 15 de outubro de 1827 por Dom Pedro I, imperador do Brasil na época. Mas foi somente em 1947 que ocorreu a primeira comemoração efetiva dedicado aos professores. Já em 1963 o decreto federal 52.682 definia a essência do feriado: “Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias”.
“Esse ato público tem o objetivo de chamar atenção da sociedade para nossas reivindicações. Avançamos na legislação, mas não temos reconhecimento em outras áreas como, salário, promoções, insalubridade e gratificações não pagas”, frisou o presidente do Sindicato do Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap), Aroldo Rabelo.
Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seed), até junho deste ano haviam 8.243 educadores atuando como professores, pedagogos, especialistas e auxiliares educacionais no Amapá. O Sinsepeap diz que a maioria trabalha na capital, onde as condições estruturais são mínimas e a carga de trabalho é muito alta.
“O professor, além de passar conhecimento, exerce muitas vezes a função dos pais. Valores como respeito e dignidade, não são cultivados no lar e cabe ao professor ensinar. Esse ato é para a sociedade refletir a importância do respeito ao professor”, enfatizou a professora Nádia Serique. “Não é só valorização financeira. É uma valorização social de pessoas que ajudam a formar profissionais para diversas áreas na sociedade. Queremos comemorar, mas do jeito que está não dá. Se você perguntar a um jovem se ele quer ser professor, dificilmente a resposta será sim”, ressaltou.