ANDRÉ SILVA –
A Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) cria comissão para investigar ataques ao sistema da casa. Junto com o pedido de investigação foi aprovado pela segunda vez o afastamento do presidente da Casa, Moisés Souza (PSC) nesta segunda-feira, 14. Desta vez ele é acusado de usar um ex-funcionário para invadir o sistema de informática da Alap, fato ocorrido na semana passada.
Na prática, o novo afastamento oficializa mais uma situação a ser investigada, neste caso a invasão do sistema de informática e a inclusão de um decreto falso com data de 2 de dezembro que anulava a resolução que afastou Moisés Souza da gestão da Assembleia no dia 1º. A segunda invasão ocorreu dias depois e teria sido cometida por outro funcionário a pedido do primeiro que foi exonerado.
A nova resolução, apresentada na sessão desta segunda pela mesa diretora, foi aprovada por unanimidade pelos 14 parlamentares presentes. O deputado Pedro da Lua (PMB), autor da resolução, aponta Moisés Sousa como responsável pela invasão do craker, pois ele teria sido nomeado por Moisés.
“Depois do afastamento do presidente Moisés nós detectamos que o sistema foi invadido e só poderia ser feito através de uma senha que só o deputado teria. Aconteceu novamente, e já sabemos que um funcionário ligado ao que foi exonerado está envolvido. Por isso a necessidade deste segundo afastamento”, explicou o deputado.
O colegiado que agora comanda a Casa diz ter 15 parlamentares, com expectativa de mais duas adesões esta semana: Maria Góes (PDT) e Luciana Gurgel (PHS).
O presidente afastado, Moisés Souza, não tem se pronunciado sobre as acusações.