Para o futuro: Plano de saneamento urbano para Macapá vai custar R$ 800 mil

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CÁSSIA LIMA – 

A prefeitura de Macapá deve apresentar na próxima quinta-feira, 17, o Plano Municipal de Saneamento Básico Urbano. O documento muda muita coisa na infraestrutura de água, esgoto e resíduos sólidos da capital. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cobertura de saneamento em Macapá atinge apenas 3% da população. O objetivo do plano é mudar essa realidade.

O novo plano está sendo preparado desde 2014, mas na manhã desta segunda-feira, 14, um relatório preliminar foi apresentado pela prefeitura no auditório da Guarda Municipal. O foco principal é buscar recursos junto aos governos Estadual e Federal para manutenção, recuperação e ampliação dos sistemas de abastecimento de água e esgoto sanitário na área urbana de Macapá.

Um relatório preliminar foi apresentando nesta segunda-feira, 14. Fotos: Cássia Lima

Um relatório preliminar foi apresentando nesta segunda-feira, 14. Fotos: Cássia Lima

“Através desse plano queremos habilitar o município a conseguir recursos para melhorar a infraestrutura da cidade. O orçamento previsto é de R$ 800 mil. É caro, mas a necessidade é grande. Hoje o que temos é precário e boa parte do esgoto é lançado no rio Amazonas”, ressaltou o secretario de Obras, Emilio Escobar.

Atualmente, Macapá possui 60 bairros, mas apenas 35 são regulamentados para receber recursos necessários para enfrentar esses gargalos. Com esse plano o presidente da Associação de Moradores do Bairro do Muca, Dodson Kenedy, vislumbra uma cidade mais organizada.

O lixo é um dos focos do plano de saneamento da prefeitura de Macapá

O lixo é um dos focos do plano de saneamento da prefeitura de Macapá

“Esperamos que isso mude a realidade de Macapá, principalmente da periferia. É importante nós participarmos para sabermos o que será feito e será será gasto o dinheiro público”, frisou.

De acordo com a Secretaria Municipal de Manutenção Urbanística  (Semur), o plano prevê uma atenção maior ao bairros distantes do Centro de Macapá, visto que eles apresentam uma estrutura mais deficitária.

“O solo urbano é ocupado de formas diferentes, mas os bairros que estão na periferia se ressentem mais da infraestrutura básica. A coleta de lixo é mais difícil, a distribuição de água é muitas vezes bem deficitária. A ideia do plano é melhorar todo esse serviço a população”, afirmou o titular da Semur, Mario Bacelar.

Manuel Bacelar: bairros periféricos precisam mais desses benefícios

Manuel Bacelar: bairros periféricos precisam mais desses benefícios

O plano que será apresentado prevê um controle dos poços artesianos e fiscalização da utilização de água dos canais da cidade. O objetivo da Empresa MPB Saneamento Ltda., ganhadora do certame pela Semur é melhorar a regulamentação e fiscalizar novas aberturas de poços.

“Isso é fundamental para mostrar as necessidades de investimento e o quadro atual de Macapá, além de ajudar na locação de recursos aos agentes financeiros que devem suprir essas necessidades. O plano é uma previsão de Macapá com infraestrutura boa no futuro”, disse o gerente de meio ambiente da Caesa, José Roberto Sena.

O relatório preliminar do plano está disponível para download no site da prefeitura (www.macapa.ap.gov.br).

Foto de capa: andreablogando.blogspot.com

Seles Nafes
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