Recursos: AP é maioria no Conselho Nacional de Políticas Culturais

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MANOEL DO VALE –

Os artistas amapaenses têm agora a chance de abocanhar uma fatia mais volumosa do orçamento do Ministério da Cultura, até então quase todo para os projetos do sul e sudeste do país.

Isso é devido a mudança de atitude dos artistas tucujus, que resolveram trocar o coro de lamento pela falta de recursos para as produções locais, pelo discurso de unificação dos segmentos para garantir voz e voto nas decisões sobre a política cultural brasileira.

Auditório com artistas: unificação de segmentos

Auditório com artistas: unificação de segmentos. Fotos: Mário Dias

Em setembro passado, nas eleições nacionais para a escolha dos delegados que iriam escolher os novos conselheiros para o Conselho Nacional de Políticas Culturais (CNPC), o Amapá conseguiu eleger a maior bancada de delegados de todos todo pais, superando os até então imbatíveis Rio e São Paulo.

Foram 40 nomes de 17 segmentos artísticos. Resultado de um esforço monumental do Conselho Estadual de Cultura para tentar equilibrar as forças no Conselho Nacional de Políticas Culturais na hora de repartir o bolo do orçamento e editais e programas de fomento às produções regionais.

Paulo Zab: maior conhecimento sobre confecção dos editais

Paulo Zab: maior conhecimento sobre confecção dos editais

O esforço mostrou resultado nos fóruns setoriais acontecidos mês passado em Brasília, Rio de Janeiro e Serra Talhada (Pernambuco), onde nossos delegados conquistaram 11 das 40 cadeiras efetivas do CNPC, e mais 14 suplentes, para os próximos dois anos.

Os nomes dos novos conselheiros efetivos foram apresentados no último dia 3, no auditório da Biblioteca Elcy Lacerda.

“No pleito passado apenas artes populares, e posteriormente teatro tiveram espaço. Hoje, das 17 cadeiras dos setoriais, 11 são do Amapá. Um aumento de mais de mil por cento. E a gente ainda ficou com 14 suplentes. A questão é que as pessoas que irão participar desse conselho irão ter acesso a toda essa política de financiamento, e o Norte é o que menos recebe esses recursos,” explica Paulo Zab, conselheiro efetivo eleito pelo setorial das artes digitais.

Zab conclui dizendo que, estando no CNPC, os conselheiros irão conhecer melhor as editorias de editais, de prazos e modelos para serem apresentados. Que são umas das maiores dificuldades enfrentadas pelos realizadores locais.

Secretário de Cultura,  Disney Silva: um sistema de cultura melhor

Secretário de Cultura, Disney Silva: um sistema de cultura melhor

Arte digital, Teatro, Livro leitura e literatura, Circo, Design, Patrimônio Material, Arquivos, Cultura Popular, Patrimônio Imaterial, Artesanato e Cultura Afro são os setoriais artísticos do Amapá com representação efetiva no CNPC.

Para Disney Silva, secretário de Cultura, a desempenho do Amapá nas eleições para as cadeiras efetivas do CNPC representa um novo momento, apesar da crise e dos atropelos. Segundo o secretário o esforço garantiu visibilidade aos realizados do Amapá que ficou em primeiro lugar, a frente de Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Minas Gerais. E isso se deve muito a fé que a gente pode construir um sistema de cultura melhor, construir algo melhor. E essa participação foi fundamental.

“Isso significa que, onde tiver uma reunião do CNPC, vai ter alguém que vai dizer: Olha, eu sou do Amapá. Eu quero que alguma coisa daqui vá pro Amapá, vá pro norte, por Nordeste, que é abandonado também. São vozes e pensamentos diferentes das pessoas que já estavam lá, do Sul e Sudeste que são beneficia

Seles Nafes
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