Renda para viver melhor: 18 mil famílias não recebem o benefício há 2 meses

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CÁSSIA LIMA – 

A dona de casa Odilena Palmerim, de 39 anos, vai passar um Natal regrado com o esposo e os seis filhos. Ela está desempregada e o marido sustenta a casa trabalhando como mototaxista. A ajuda na despesa da família vem do Programa Renda para Viver Melhor, mas o pagamento do benefício está atrasado há dois meses. O governo do Estado diz que vai pagar antes do fim do ano, mas não especificou uma data.

Odilena mora numa área de ponte no Bairro do Muca, Zona Sul de Macapá. Ela recebe o beneficio há dois anos quando foi encaminhada pelo Conselho Tutelar para a Secretaria de Inclusão e Mobilização Social (Sims) para se cadastrar no programa.

A família de Odilena faz parte das 18.878 em situação de vulnerabilidade que recebem a mensalidade de R$ 300 para ajudar no sustento das crianças. Entretanto, o atraso no pagamento tem mudado a rotina alimentar da família, que até às 10h da manhã desta terça-feira, 22, não tinha tomado café.

Odilena Palmerim: estou vendendo minhas roupas pra comprar comida

Odilena Palmerim: estou vendendo minhas roupas pra comprar comida

“Eu estou vendendo as minhas melhores roupas para conseguir dinheiro e comprar comida pra casa. Meu esposo ajuda, mas contamos com o dinheiro pra despesa. Não sei como vai ser meu Natal, mas com certeza não será bom”, reclamou Odilena, que foi à Sims nesta manhã procurar informações sobre o pagamento.

A realidade é que muitas famílias estão indo procurar informações sobre o pagamento, mas todas recebem a mesma notícia: não há data definida. Foi também o que informaram à imprensa.

O governo reconhece o atraso referente aos meses de outubro e novembro. Já dezembro vence dia 15 de janeiro. Segundo a assessoria do governo do Estado, o pagamento será realizado antes do fim do ano, mas não há uma data definida.

O Renda para Viver Melhor foi criado em 1996 com o objetivo de ajudar famílias do Estado que se encontram em situação de extrema pobreza e que possuam crianças de 0 a 15 anos, sendo que as que estiverem em idade escolar devem estar devidamente matriculadas e frequentando a rede pública de ensino.

Seles Nafes
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