Assaltantes em fuga atropelam professor; estado da vítima é grave

Viaturas de vários batalhões se envolveram na perseguição que terminou com a prisão de todos os envolvidos
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OLHO DE BOTO

Um professor de educação física que estava de bicicleta foi atropelado por assaltantes em fuga na noite desta terça-feira, 26, no Bairro Central de Macapá, e está internado em estado grave. Ele teve perda de massa encefálica. Os criminosos estavam praticando arrastões em um táxi do município de Santana e foram perseguidos por viaturas de vários batalhões.

John Cleiton, de camisa quadriculada, estava dirigindo o táxi. Fotos: Olho de Boto

John Cleiton, de camisa quadriculada, estava dirigindo o táxi. Fotos: Olho de Boto

De acordo com a PM, os assaltantes estavam praticando os crimes desde as 19h30min. O primeiro ocorreu no Bairro Novo Horizonte, na Zona Norte da capital. Já por volta das 21h20min, depois de mais um roubo, desta vez no Bairro Jardim Felicidade, a quadrilha retornava no sentido norte/sul quando uma viatura do 2º Batalhão da Polícia Militar do Amapá, sob o comando do capitão Helton, avistou o táxi em fuga e resolveu fazer o acompanhamento, passando as informações via rádio a todas as viaturas.

Vítima em um dos assaltos: ""Pegaram nos seios da minha amiga"

Vítima em um dos assaltos: “”Pegaram nos seios da minha amiga”

Começou então uma fuga alucinada. Os criminosos não atendiam à ordem de parar dos policiais. A  cada  sinal vermelho eles contavam com a sorte para não provocar uma tragédia. O cerco foi fechando, e a cada instante mais viaturas  juntavam-se às demais para dar apoio.
Mas o pior ainda estava por vir. A mais de 100 km/h, o táxi atropelou um ciclista que trafegava pela Rua Leopoldo Machado, próximo ao Estádio Glicério Marques.

Arma usada pelos criminosos

Arma usada pelos criminosos

Mesmo com o impacto violento da vítima sobre o  para-brisa, o condutor não parou. A perseguição seguiu pela Avenida Padre Júlio Maria Lombaerd, próximo ao quartel do Exército. Nesse perímetro, o carro foi cercado por várias viaturas. Já com um dos pneus furados e sem alternativas, o bando se rendeu aos policiais do Batalhão de Rádio Patrulhamento Motorizado (BRPM).
O táxi era conduzido por um taxista comissionado de Santana que estava na companhia de mais quatro comparsas.

Alysson teve perda de massa encefálica e está internado em estado grave

Alysson teve perda de massa encefálica e está internado em estado grave

“Avançavam os sinais vermelhos até atropelarem um ciclista próximo do estádio. No HE nos informaram que a vítima teve perda de massa encefálica e muitas fraturas”, comentou o subtenente César, do BRPM.
No carro, foram  encontrados vários aparelhos celulares e outros objetos das vítimas, além de uma arma de fogo usada para cometer os crimes.
Uma das vítimas, que teve o celular roubado, relatou que levou uma coronhada na cabeça, e que os bandidos abusaram sexualmente de sua amiga.

“Não lembro de tudo porque apaguei com as coronhadas. Pegaram o celular da minha amiga e ficaram pegando nos seios dela. O táxi estava esperando eles do outro lado da rua”, informou a vítima ferida na cabeça com a coronhada e que reconheceu todos os envolvidos.

Foram presos no táxi: John Cleiton dos Santos, de 22 anos, que conduzia o veículo; Arilson Marrero Pinheiro, de 20 anos; Raul Ferreira Sampaio, 20; Igor Castelo Leal, 20; e Edil Freitas dos Santos, 18 anos. Os quatro primeiros são moradores de Santana. Edil, que já é bastante conhecido da polícia, mora em Fazendinha.

Táxi usado pelos criminosos estava alugado

Táxi usado pelos criminosos estava alugado

A vítima atropelada, Allyson Penha Lima, de 30 anos, é professor de educação física da rede estadual. Ele continua internado em estado grave no Hospital de Emergência, mas a família pretende transferi-lo para o Hospital São Camilo.

O proprietário do táxi, Manoel Martins, esteve no Ciosp do Pacoval, e disse ter ficado surpreso com o que ocorreu.

“Estava alugado para ele (John Cleiton), mas pra mim foi uma surpresa. A mãe dele trabalhou como professora em uma escolinha nossa, e ele ainda era criança. Agora ele reapareceu com 22 anos pedindo o carro para trabalhar. Mas eu não conhecia esse lado dele”, comentou.

Seles Nafes
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