CÁSSIA LIMA
Cerca de uma tonelada de peixes foram comercializados neste sábado, 30, na Praça do Bairro Santa Inês, na orla de Macapá. O pescado vendido ao preço de R$ 10 o quilo é resultado do projeto Peixe Vivo, da prefeitura de Macapá. Quem procurou o pescado gostou do preço ofertado.
“É mais barato do que na feira e a gente percebe que é um peixe de qualidade. Só soube do projeto porque passei aqui na orla. Acredito que com uma divulgação maior todos saem ganhando”, avaliou Jairo Menezes, que garantiu o almoço da família.
Neste sábado foram comercializadas três espécies: tambaqui, pirapitinga e tambatinga. Os polos produtores são os distritos do Macacoari (município de Itaubal), Mel da Pedreira, Fazendinha e Coração, os três na zona rural de Macapá.
A produtora rural Natalina de Oliveira, de 40 anos, cria frango há 20 anos, e iniciou em 2013 a criação de peixes.
“Tenho 8 tanques no meu terreno no Distrito do Coração. A experiência é a melhor possível. É um dinheirinho a mais no fim do mês que faz a diferença. Estamos apenas precisando de uma feira adequada para essa comercialização”, destacou a produtora.
O objetivo da ação é o incentivo à piscicultura de pequenos produtores rurais, além da oferta de um peixe mais barato. O projeto começou em 2013 com a escavação de 102 tanques para a criação de peixes.
Em 2015, mais 100 tanques foram escavados gerando um resultado de 15 mil toneladas de peixes comercializados. Esse ano a expectativa é maior.
“A aceitação tanto dos produtores quanto da sociedade é muito boa. Já estimamos 80 mil toneladas esse ano e estamos com a perspectiva de 150 mil para 2017, além da escavação de mais 100 tanques”, explicou o coordenador do projeto, Alexandre Pelaes.
De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Macapá, o projeto Peixe Vivo beneficia mais de 300 pequenos produtores. Os piscicultores recebem a escavação dos tanques com até 1.500 m² e os alevinos para dar início à produção.
Após 9 meses, o peixe é retirado dos tanques e transportado em um caminhão com sistema de oxigenação até os postos de venda. A previsão é que na Semana Santa mais pescado do projeto seja ofertado em vários pontos de Macapá.