Imap interdita três mineradoras

Empresas estariam contaminando o solo com material usado nas atividades
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ANDRÉ SILVA

Três empresas que atuam no ramo de mineração foram multadas e interditadas em uma operação realizada pelo Instituto de Meio Ambiente do Amapá (Imap). Segundo o instituto, elas estavam descumprindo condicionantes do processo de licença ambiental necessárias para o funcionamento. As multas variam de R$ 2 milhões a R$ 4 milhões. 

No total, o instituto fiscalizou quatro empresas, e 3 foram multadas, autuadas e interditadas. São Zamin Amapá, que atua no ramo de mineração de ferro; a Mineração Vila Nova, atuante na área de minério de cromo e ferro, e a mineradora Beadell, que explora ouro e ferro.

A quarta mineradora foi Unagem Mineração e Metalurgia, que está instalada no município de  Mazagão. Nela os técnicos não encontraram nenhuma irregularidade.

“Todas as empresas que trabalham nesse ramo como as mineradoras, tem que apresentar para o órgão de defesa do meio ambiente um relatório dizendo que não estão contaminando o solo. E elas não apresentaram esses relatório” disse  o analista de meio ambiente do Imap Fernando Matias.

Fiscais conversam com técnicos de uma das quatro mineradoras. Fotos: Ascom

Fiscais conversam com técnicos de uma das quatro mineradoras. Fotos: Ascom

A operação iniciou na mineradora Vila Nova, localizada no município de Mazagão, onde foram detectadas várias irregularidades. Ela foi multada em R$ 4 milhões por não cumprir 16 condicionantes.

Em seguida os técnicos foram a Unagem e logo depois a Zamin Ferrous, no município de Santana, que por descumprimento de 17 condicionantes de 5 licenças ambientais foi interditada e multada em R$ 4 milhões.

A operação foi concluída na mineradora Beadell, sediada no município de Pedra Branca do Amapari. Ela foi multada em R$ 2 milhões por ter descumprido 13 condicionantes de 5 licenças ambientais.

“Além dos descumprimentos também descobrimos óleos lubrificantes usados, graxas e outros tipos de poluição no solo. O dano ambiental somou a multa de cinco milhões de reais e a empresa foi notificada a retirar do solo o material depositado a céu aberto e os contaminantes depositados no solo na área de depósito de resíduos”, apontou Matias.

A fiscalização aconteceu no último fim de semana e foi concluída na segunda-feira, 14.

Seles Nafes
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