CÁSSIA LIMA
Uma verdadeira força tarefa coordenada pela Defesa Civil com outros órgãos iniciou a “Operação Bailique”, um plano de ações integradas para estudo e assistência aos moradores do arquipélago contra o fenômeno de “terras caídas”.
O fenômeno acontece quando as águas de um rio provocam o desprendimento das terras das margens, levando-as para outros lugares. Quando há casas ou outras edificações na margem, o fenômeno arrasta tudo com a força da maré.
A ação da natureza é uma velha conhecida dos ribeirinhos, especialmente dos moradores do Distrito do Bailique. Em outubro de 2015, 15 casas e um posto de saúde foram destruídos pela força do fenômeno.
Para evitar maiores danos como os eventos ocorridos no passado, o governo do Estado vai apresentar ao Ministério Público Federal (MPF) a comissão interdisciplinar que vai gerir as ações emergenciais no arquipélago que é formado por 8 ilhas a 160 quilômetros de Macapá.
A operação inclui a Secretaria de Estado de Inclusão e Mobilização Social (Sims), Instituto de Estudos e Pesquisas Tecnológicas do Amapá (Iepa), secretarias de Saúde (Sesa), Educação (Seed) e Ciência e Tecnologia (Setec). Esses órgãos enviarão equipes de estudos e de assistência aos moradores dessa localidade dando apoio técnico, operacional e logístico.
Segundo o levantamento preliminar realizado pela Coordenadoria da Defesa Civil, o desbarrancamento das margens dos rios é agravado pelo desmatamento da mata ciliar. A proposta é que dentro de dois meses um laudo técnico-científico sobre o fenômeno, e medidas para minimizar os impactos e prejuízos, naturais e econômicos do local seja apresentado pelos órgãos.