ANDRÉ SILVA
Os motoristas que trafegam na Avenida Tancredo Neves, na Zona Norte de Macapá, mais precisamente em frente ao 2º Batalhão da Polícia Militar, notaram a mais recente obra do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), que decidiu tirar um dos retornos que dão acesso a Avenida Adilson José Pinto Pereira, no sentido Zona Norte/Centro. Agora, quem precisa ter acesso à outra pista, tem que seguir mais 700 metros para isso.
Não parece, mas a obra segue os padrões do Código Nacional de Trânsito (Contran). O superintendente do Dnit no Amapá Fabio Vilarilho, explica que a distância da saída de uma rodovia para uma pista como a Tancredo Neves, tem que obedecer a uma distância mínima segura de aceleração dos veículos para pegarem o retorno.
“Não tem como ser assim: você sair do Curiaú e imediatamente pegar o retorno, e logo em uma rodovia que tem grande movimento de veículos. Então, é preciso ter uma distância segura de no mínimo 600 metros, que são 300 metros para a aceleração e os outros 300 metros para a desaceleração e realizar a manobra”, explica o superintendente.
Ele completa dizendo que os veículos vindos da AP-070, ao cruzarem a pista, colocavam em risco a segurança de outros motoristas. O retorno que será usado fica em frente ao Bairro Infraero II, e é exclusivo para ônibus e carros pequenos, já o seguinte, que fica em frente ao loteamento Açaí, para uso de caminhões.
“Isso aí só veio para prejudicar quem usava esse retorno. Essa atitude não ajuda em nada, vamos ter é que gastar mais combustível para irmos até a frente do Infraero II e fazer o retorno”, se queixa o autônomo Joelson Gemaque, de 33 anos. Ele mora no Jardim Felicidade e usa o retorno constantemente.
Radares
O Dnit avisa que os novos radares que foram instalados no ano passado ao longo da BR-210, que compreende o trecho urbano de Macapá, em frente aos Bairros Brasil Novo e Infraero l, já estão funcionando desde o dia 29 de janeiro. E que de ‘lá para, cá já’, foram registradas quase 4 mil multas.
“Diariamente nós atendemos entre 15 a 20 pessoas que têm vindo ao órgão para contestar ou mesmo pagar as multas. Queremos lembrar que o objetivo não é multar, mas educar e prevenir acidentes”, finaliza Fábio Vilarilho.