Menor teve 2 irmãos mortos pela polícia

Adolescente de 14 anos era um dos 3 assaltantes que fizeram 12 reféns no Bairro Zerão
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OLHO DE BOTO

Entre os três assaltantes que mantiveram 12 reféns em uma residência no Bairro Zerão, Zona Sul de Macapá, neste sábado, 28, a situação de um chama a atenção. Trata-se de um adolescente de 14 anos que já teve 2 irmãos mortos em confrontos com a Polícia Militar do Amapá.

O mais famoso deles foi Márcio Júnior Pontes Leite, o ‘Tissaco’, morto em 2010 aos 23 anos numa troca de tiros com uma equipe do Bope em uma área de pontes do Bairro Universidade. Tissaco era acusado de dezenas de assaltos, incluindo a empresas. Tissaco foi morto com um comparsa logo após roubarem uma moto.

Marcelo Auguto Reis Tavares, de 18 anos, e Jamielson Ataíde dos Santos, de 23 anos. Foto: Olho de Boto

Marcelo Auguto Reis Tavares, de 18 anos, e Jamielson Ataíde dos Santos, de 23 anos. Foto: Olho de Boto

Neste sábado, o irmão mais novo de Tissaco estava usando uma faca para manter os reféns dentro da casa com a ajuda de dois comparsas que tinham um revólver e uma arma branca.

 “É uma criança”, definiu o sargento Sérgio, do Bope, que autuou na condução da crise com os reféns. “Dois irmãos morreram e o menor está trilhando o mesmo caminho”, acrescentou.

Além do adolescente de 14 anos, foram presos Jamielson Ataíde dos Anjos, 23 anos, e Marcelo Augusto Reis Tavares, de 18 anos. Eles invadiram a residência por volta das 11h onde um grupo de universitários fazia uma pesquisa.

Armas usadas pelo trio para ameaçar os reféns

Armas usadas pelo trio para ameaçar os reféns

Negociação com os criminosos durou mais de 2h. Foto: BRPM

Negociação com os criminosos durou mais de 2h. Foto: BRPM

Um policial militar de folga que passava pelo local percebeu a ação e surpreendeu os criminosos que se refugiaram no interior da residência. O policial acionou a polícia e, depois de mais de 2 horas de negociações, todos foram libertados sem ferimentos.

Entre os 12 reféns estavam duas crianças, uma de 4 anos e outra de cinco meses.

“Um dos indivíduos se apresentou como líder do grupo e tem uma larga experiência no mundo do crime. Foi complicado porque estavam muito exaltados”, lembrou o sargento do Bope.

Os criminosos se entregaram depois de ter as tradicionais reivindicações atendidas: coletes balísticos, presença da imprensa e familiares.  

Seles Nafes
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