CÁSSIA LIMA
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Amapá enfrentou dificuldades neste fim de semana, em Macapá, por falta de macas que estavam sendo usadas como leitos no Hospital de Emergência (H.E). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), das 21 macas do Samu, 18 estavam naquele hospital. Nesta manhã, os serviços chegaram a ser paralisados por algumas horas.
Segundo o coordenador do Samu, Donato Costa, a situação ocorre sempre para suprir a falta de estrutura dos hospitais de Macapá. Das quatro ambulâncias que atendem a capital, nenhuma tinha maca por volta das 10 horas da manhã desta segunda-feira, 2.
“Nem o Estado tem maca porque tudo está retido no H.E e até no Hospital de Clínicas. Enfrentamos sérios problemas com isso, porque além de usar uma maca como leito, recebemos o material empenado, sem condições de uso. A maca é para transportar o paciente, não para servir de leito”, destacou o coordenador.
A diretora do H.E, Rosália Freitas, assume a superlotação do hospital e a falta de leitos. De acordo com a diretora, o hospital possui 98 leitos, mas atualmente tem 200 pessoas internadas, a maioria na clínica cirúrgica.
“O número de pacientes é muito elevado e nós não temos a capacidade de leitos para atender toda a população de Macapá, municípios, distritos e ainda pacientes das ilhas do Pará. Já estamos liberando macas para devolver ao Samu, inclusive estamos com 6 livres para entregar”, alegou a diretora no fim da manhã.
O coordenador do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência espera que o problema amenize com a entrega de 15 novas ambulâncias e macas para Macapá, ainda este ano, mas o processo ainda está em fase de licitação. O H.E não tem uma solução imediata para o problema.