ANDRÉ SILVA
O problema da acessibilidade nas grandes cidades ainda é um desafio a ser superado pelos gestores. No Amapá, mais precisamente na capital Macapá, já houve alguns avanços, mas ainda há muito chão a percorrer, e adequar.
Segundo a coordenadora municipal de Acessibilidade e Mobilidade Urbana, Ariane Luna, todos os novos projetos de obras da PMM, como praças e prédios públicos, já são adaptados as necessidades dessas pessoas. E que, além de locais públicos, o trabalho também é feito com empresários que têm buscado orientações quanto à instalação de equipamentos voltados à necessidade de mobilidade de pessoas portadoras de deficiência física.
“Quando a coordenadoria é provocada pelos agentes públicos ou particulares, como shoppings e supermercados, por exemplo, orientamos quanto aos procedimentos a serem tomados e quais adequações devem ser feitas no projeto”, explicou Ariane.
Um grupo de amigos portadores de vários tipos de deficiência, cansados das péssimas condições da cidade, chegou a fazer uma peregrinação em rádios e outros meios de comunicação para exigir providências da coordenadoria.
“É importante ressaltar o papel da coordenadoria, que é articular e monitorar as questões das políticas públicas, orientar e traçar diretrizes para os órgãos gestores de políticas para pessoas com deficiências. Nós não temos o papel de execução de políticas”, esclareceu a coordenadora.
Ela conta que há dificuldades em adaptar obras antigas da cidade, por isso os trabalhos são voltados mais para novos projetos. Ela cita como exemplo a reforma das praças Veiga Cabral e Floriano Peixoto, que já estão com o projeto de acessibilidade encaminhado.
Ela também lembra que os moradores podem facilitar a acessibilidade das pessoas que caminham nas calçadas da cidade, na desobstrução e construção de rampas próprias, e que a PMM dispõem de mão de obra técnica para esses donos de imóveis que se interessarem em se enquadrar ao projeto Calçada Legal.