SELES NAFES
O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) decidiu por 6 votos a zero rejeitar o pedido do suplente Márcio Serrão (PRB) para assumir o mandato que hoje é do deputado estadual Ericláudio Alencar (PDT). O suplente alegava infidelidade partidária.
Desde que Ericláudio Alencar foi eleito em 2014, a relação dele com os dirigentes do partido não são boas.
“Eles fazem política querendo impor aos eventuais eleitos as suas opiniões, querendo determinar o que tem que ser feito. Comigo não funciona assim”, resumiu Ericláudio Alencar, sem detalhar os bastidores do tensionamento.
No ano passado, no auge da tensão e já com o conflito judicializado, Alencar chegou a ser expulso 3 vezes da legenda.
Este ano, durante a chamada ‘janela partidária’, prevista na legislação eleitoral, o deputado mudou para o PDT consolidando ainda mais a posição de líder do governo na Assembleia Legislativa.
Márcio Serrão, que é de Laranjal do Jari, no Sul do Amapá, chegou a ocupar o cargo de deputado estadual por cerca de 3 meses no ano passado, durante licença maternidade da deputada Luciana Gurgel (PR).
Com a decisão unânime do TRE, Ericláudio Alencar acredita ter encerrado a disputa, mas o suplente ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Candidatura
Ericláudio Alencar se concentra agora na possibilidade de uma candidatura à prefeitura de Macapá. Mas, ao que tudo indica, o PDT deve apoiar mesmo o nome do ex-senador Gilvam Borges (PMDB), conforme manifestação recente do presidente municipal do PDT, o deputado federal Roberto Góes.
Sobre uma possível composição como vice na chapa de Gilvam, Ericláudio diz preferir continuar focado em ser o articulador da base governista na Assembleia Legislativa.
“Eu contribuo muito mais no apoiamento”, finalizou o deputado.