O Dia do Orgasmo

O assunto, de pronto, mexe com a libido das pessoas, mas é ainda cercado de tabus e falta de informação.
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MANOEL DO VALE 

O dia 31 de julho foi escolhido mundialmente como o dia do orgasmo, esse instante da vida que dura em média 10 segundos e que é importante para manter o equilíbrio do corpo e da mente. E o mundo cheio de gente.

O assunto, de pronto, mexe com a libido das pessoas, mas é ainda cercado de tabus e falta de informação.

Em uma rápida pesquisa na internet, a gente encontra milhares de receitas e guias para o orgasmo perfeito, que dão dicas das preliminares para apimentar as coisas antes, durante e depois do orgasmo.

Se você é iniciante no assunto ou não é tão criativo, a indústria do sexo dispõe de acessórios que ajudam o casal a ter uma relação divertida e prazerosa, que incluem desde cremes que lubrificam e potencializam a ereção até às calcinhas comestíveis, e entre outros.

Foto: Arquivo

Para a maioria das culturas, essas forças são regidas por divindades. De onde vem a ideia de que o orgasmo nos conecta ao universo. Fotos: Divulgação

“Acho que, se você resumir na frase: ‘feito com romantismo’, já engloba toda a charada. Uma pessoa envolvida em romance busca desde as coisas mais simples às mais inusitadas para envolver o parceiro”, propõe a consultora de beleza Carla Haddad.

O tenente Emerson Real aposta no romantismo, com as preliminares certas e de acordo com o sincronismo do casal, que para ele “certamente o orgasmo será intenso, prazeroso e talvez múltiplo”.

Não é à toa que esse segmento da economia faturou R$ 1,7 bilhões no mercado brasileiro ano passado, com previsão de mais de 14% de aumento nas vendas para este ano. Este é um sinal de que, contra as pressões da crise, o melhor é ter prazer, seja por amor, ou só por diversão.

Produtos eróticos

Segmento de produtos eróticos faturou R$ 1,7 bilhões no ano passado

Para a maioria dos homens (e mulheres talvez) um bom começo pede romantismo e sexo oral. Depois é deixar as coisas fluírem como devem ser, com muito carinho e tesão que a receita fica infalível.

O sexo faz parte da natureza humana, que em torno deste criou sua mitologia que explica as forças que abrem o apetite das pessoas para o corpo do outro.

Para a maioria das culturas, essas forças são regidas por divindades. De onde vem a ideia de que o orgasmo nos conecta ao universo. De onde vem toda a mística que o cerca.

De qualquer forma, todos fazem. E uns poucos fazem do sexo um mercado bilionário com o tráfico de pessoas, que, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) fatura mais de 30 bilhões de dólares por ano, a terceira maior renda entre as modalidades criminosas do mundo, perdendo apenas para o tráfico de armas e de drogas.

Dentre as vítimas, 85% são mulheres, sendo a imensa maioria delas para fins de exploração sexual. A faixa etária predominante está entre 18 e 29 anos e adolescentes. Há registro de tráfico de crianças, sendo a maioria do sexo feminino. Também existe o tráfico de homossexuais e travestis jovens. A maioria das pessoas traficadas é pobre e com baixa escolaridade. Na rede de aliciadores, 55% são mulheres, detalha a OIT.

Nesta semana mesmo, o site SELESNAFES.COM noticiou a prisão de uma dona de boate que mantivera uma menor de idade em um dos cômodos de seu estabelecimento à disposição dos clientes, no município de Oiapoque, extremo Norte do Amapá.

O sexo é sinônimo de poder, que se compra com dinheiro, armas e drogas. Ou simplesmente a força, como é comum acontecer no Brasil que segue a linha dos estupros coletivos.

Sexo feito com respeito, carinho e amor é que leva a um grande orgasmo que pode se prolongar em orgasmos menores.

Façamos, vamos gozar.

Seles Nafes
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