DA REDAÇÃO
A campanha de vacinação contra o câncer no colo do útero começou em março desse ano, mas de acordo com dados do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, até agora no Amapá apenas 27,02% da população de risco foi vacinada. Em 2015 a meta vacinal não foi atingida.
Os dados do programa mostram que das 24.022 meninas que estavam na faixa etária do grupo de risco, que deveriam ter feito a primeira dose da vacina, apenas 16.163 foram vacinadas. Na segunda dose esses números pioram. Das 16.163 que tinham que receber a segunda dose, apenas 8.561 foram imunizadas. O resultado foi que o Estado alcançou apenas 67,28% da meta.
Este ano, até o fim do mês de junho, o município de Itaubal vacinou apenas 6% do seu grupo de risco. Na capital Macapá, onde se concentra a maior parte da população do Estado, o índice é de 34%.
A coordenadora de Imunização do Estado, Janaina Leite, disse que falta mais empenho aos municípios para realizarem a vacina. Ela informa que em todas as campanhas parecidas com essa do HPV, o Ministério da Saúde orienta que seja adotada a realização da estratégia mista, que é a vacinação nas escolas e nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
“O MS recomenda desde 2014, ano em que a vacina foi implantada, que se use essa estratégia mista. Sabemos que as meninas nessa idade não vão por vontade própria a UBS. Essa estratégia tem que ser realizada em parceria com as escolas. A ideia é que os professores deem aula sobre o HPV para conscientizar as meninas e assim, se cumpra a campanha “, explica Janaina.
Mas ainda há muita resistência contra a vacina por parte dos país, que acreditam que a filha possa ficar estéril ou sem andar. Mas também há aqueles que se preocupam com o futuro da menina.
“Na família do pai da minha filha existem muitos casos da doença. A avó dela morreu com 39 anos por conta disso e a tia com 29, pelo mesmo motivo, então essa vacina veio para nos trazer um pouco de alívio”, disse a dona de casa Margarete Carvalho.
Esquema vacinal
O esquema vacinal consiste na administração de 2 (duas) doses em meninas de 9 a 13 anos, respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre as doses.
Recomenda-se que no momento da administração da primeira dose seja entregue uma carta à adolescente orientando sobre onde se dirigir para a administração da dose seguinte.
Para meninas e mulheres vivendo com HIV/Aids, o esquema vacinal consiste na administração de 3 (três) doses (0, 2 e 6 meses).