CÁSSIA LIMA
O Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) prevê uma eleição sufocante devido ao menor tempo de propaganda eleitoral. Além disso, de acordo com direção geral, o orçamento baixo e prazos curtos devem dobrar o trabalho dos servidores do TRE.
A minirreforma eleitoral altera o tempo de campanha de 90 para 45 dias. Os candidatos só podem gastar 70% do valor declarado no pleito anterior, e o teto de gasto de campanha é de R$ 100 mil para prefeito em municípios com até 10 mil habitantes e outras alterações.
“Estamos preparados, mas em termos de mão de obra vamos ter muito trabalho e sufoco, já que é uma jornada duplicada em um menor tempo para poucos servidores”, argumentou o diretor geral do TRE, Veridiano Colares.
Segundo o diretor, esse ano o Amapá terá um orçamento de R$ 4,3 milhões para investir em locação de veículos para transporte de urnas e mesários, além de alimentação dos mesários, ações educativas, contratação de equipe de trabalho na formatação de vídeos e locação de aeronaves para comunidades como Sucuriju e Bailique.
“Por exemplo, o prazo de registro de candidaturas é dia 15 de agosto. Porém, ninguém faz isso antes, já é um processo histórico que os candidatos deem entrada no último instante. Com isso, teremos muito trabalho em cima de um prazo curto”, destacou Colares.
Conforme dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta semana, o Amapá possui 487.466 cidadãos aptos a votar. Desse total, 3,46% são analfabetos; 22,11% têm ensino fundamental incompleto e 7,10% tem curso superior. São 239.029 homens e 248.416 mulheres.
A eleições majoritárias estão marcadas para 2 de outubro, onde serão eleitos prefeito, vice-prefeito e os vereadores dos municípios brasileiros.