CÁSSIA LIMA
A Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) aprovou na manhã desta terça-feira, 9, o Projeto de Lei nº 163/15, que reserva 5% das vagas em contratos administrativos do Estado para deficientes. O projeto segue agora para o Executivo.
Se o projeto for sancionado pelo governador Waldez Góes (PDT), a cada 4 mil contratos para determinada área, 200 vagas serão para deficientes. Para o presidente do Conselho da Pessoa com Deficiência do Estado (Condeap), Rogério Santos, o projeto valoriza e reconhece os deficientes como capazes de trabalhar.
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Rogério Santos, presidente da Condeap: “queremos trabalhar e, além disso, somos capazes”. Fotos: Cássia Lima
“Esse projeto, dentro da sua efetividade, traz certa garantia dentro do movimento. Nós temos capacitação, estudamos. Temos cursos pela Sims, Pronatec, Senac, Sesi e outros. Queremos trabalhar e, além disso, somos capazes”, ressaltou Rogério.
A proposta é do deputado Max da AABB (Solidariedade).
“O projeto visa fazer justiça com uma classe que muitas vezes é esquecida. Existem leis nacionais sobre concurso, mas não tem nada garantido para contratos. A gente sabe que existe pessoas com deficiência tão capazes quanto aquelas que não tem”, justificou o deputado.
De acordo com o censo de 2014 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem no Amapá 120 mil pessoas com alguma deficiência, seja física, visual ou intelectual.
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Deputado Max reunido com representantes de entidades representativas de pessoas com deficiência física. Projeto segue para sanção do governo
Entretanto, o texto do projeto considerada pessoa com deficiência aquela que apresenta, em caráter permanente, perda ou anormalidade de sua estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, que gere incapacidade para o desempenho de atividades dentro do padrão considerado normal para o ser humano.