Macapá ganha seu primeiro Stand-up Club

Novo empreendimento cultural visa firmar o gênero conhecido como 'Comédia em pé' como opção de divertimento da cidade
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MANOEL DO VALE

Nesta sexta, 16, Macapá ganha o primeiro espaço especializado no gênero da comédia em pé, o Stand-up Club, nos altos do Trapiche Restaurante, na orla do Santa Inês.
O empreendimento tem a frente seis atores do teatro que que resolveram investir em um movimento ainda novo por aqui, os clubes de comédia.
“Aqui em Macapá a gente já tinha esse projeto de fazer o stand-up, só que não tinha o espaço. A gente fazia no teatro algumas pautas que conseguia. Ou então quando tinha alguma peça que a gente realizava em parceria e  abria o espetáculo fazendo stand-up”, relata o ator Jô Sales, que compõe o sexteto que encara a empreitada.
A oportunidade surgiu quando o empresário César, dono do Trapiche, cedeu o espaço nos alto do seu restaurante para o projeto.
Jô que também é cabeleireiro e produtor diz que o novo espaço será multicultural para poder ser usado por outros projetos artísticos, e que este é um dos seus objetivos, reforçar o movimento cultural da cidade.

Cartaz de divulgação da inauguração do espaço com as atrações da moite. Fotos: divulgação

Cartaz de divulgação da inauguração do espaço com as atrações da noite. Fotos: divulgação

“A gente vai ter um point para ao público se divertir um pouco, tirar o estresse do dia a dia assistindo um pouco de comédia”, dá a dica o ator.
Jô destaca ainda que, apesar do pouco tempo, os ‘comedys’ amapaenses já vem se firmando aqui e fora do estado e destaca Luís Fábio, que desde 2014 vem se apresentando na cidade, Sebastian Campos, que já se apresentou em fortaleza e Recife. Jô também se apresenta na cidade, para empresas e até aniversários, e já fez apresentações em Belém.
A experiência com o teatro é que dá o gás para o resto da turma seguir no novo empreendimento, que irá funcionar nas quartas e sextas sempre no começo da noite. A entrada é franca.
Vá lá e confira.

Breve história do Stand-up
Pôr-se no centro de um palco vazio, diante de uma plateia lotada, e, de cara limpa, manter o público aquecido enquanto a atração principal se preparava para entrar, não era tarefa para qualquer um, mas para comediantes habilidosos.
Esses eram os chamados Mestres de Cerimônias dos teatros e casas de espetáculos dos Estados Unidos e Canadá do fim do século XIX e início do século XX.
Esses profissionais são considerados os pais dos modernos ‘comedys’.
Nas décadas de 1950 e 1960 os boêmios e intelectuais americanos tomaram gosto pela arte da comédia em pé nos chamados Clubes de Comédia, que a esta época já incorporava aos repertórios temas como política, racismo e sexo. Segundo o site Wikipédia, o ator e diretor Woody surgiu nesses ambientes, tidos como cultos e evoluídos.
No Brasil, Chico Anísio e Jô Soares são alguns dos pesos do gênero, que na última década vêm ganhando os bares, teatros e horários da televisão brasileira.
O humor ácido e inteligente, construído a partir de fatos do cotidiano, e a coragem de ficar por vários minutos ou até horas (o mineiro Bruno Mota entrou para o Guinnes depois de passar mais de 38 horas falando para um público rotativo de mais de cinco mil pessoas) diante de uma plateia usando como único recurso técnico um simples microfone, deram a essa classe de comediantes espaço privilegiado entre os humoristas brasileiros.

Seles Nafes
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