Médica é acusada de deixar pombos morrerem de fome e sede

Os pássaros foram capturados em uma armadilha e acabaram morrendo. Polícia diz que existem outros métodos para afugentar animais
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CÁSSIA LIMA

Apesar da Delegacia do Meio Ambiente (Dema) comemorar a diminuição dos índices de violência contra animais em 2016, os casos investigados estão cada vez mais cruéis, como o denunciado na última terça-feira, 6,  em que pombos eram deixados em uma rede para morrer.

A denúncia contra os maus tratos a pombos ocorreu em uma residência do Bairro Jesus de Nazaré. O delegado de Crimes Ambientais, Sávio Pinto, foi ao local e constatou a morte de 5 pássaros por pura crueldade.

“Havia cinco pombos dentro da rede que morreram, provavelmente, de fome e sede. Os vizinhos estavam chocados. E a única justificativa para isso é que os pombos transmitem doenças. Ainda vamos ouvir a dona da casa que é uma médica”, ressaltou Sávio.

Rede era armadilha para matar os animais. Fotos: Cássia Lima

Rede era armadilha para matar os animais. Fotos: Cássia Lima

Segundo o delegado, a armadilha contra os pombos seria justificada em casos de Estado de Necessidade, previsto em lei, que é quando você sacrifica um animal de menor valor para preservar a vida de um de maior valor.

“Por exemplo, se um cão te ataca você atira e mata. Agora um animal te ataca e você o deixa morrer de fome e sede é outra coisa”, explicou.

“Eu não estou dizendo que as pessoas não tenham o direito de afugentar esses animais pelo perigo de doenças, mas existem outros métodos como a compra de corujas de plásticos que emitem sons, gel que passa na casa e espanta eles. Prender e deixar pra morrer não é correto. É crueldade”, frisou o delegado.

A médica dona da casa será ouvida pelo delegado, mas já responde por maus tratos, que é quando o animal morre.

Casa é alvo constante de animais

Casa é alvo constante de animais

Dados

A divulgação maciça de casos como o do Costelinha, animal que morreu em decorrência de pauladas deferidas por um ex-lutador de MMA e da cadela Jujuba, estuprada por um homem de 71 anos, podem ter ajudado na redução.

Denúncia

A Dema dispõe de dois contatos para denúncias, inclusive para o Whatsapp: (96) 99132-0777 e (96) 98106-0777. As denúncias podem ser feitas em qualquer horário.

Seles Nafes
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