ANDRÉ SILVA
A Polícia Militar e a Polícia Civil procuram pelo corpo de um homem que está desaparecido desde o último sábado, dia 15. O comerciante Antonio Carlos Santana, de 68 anos, trabalhava com venda de camarão e havia viajado para o arquipélago do Bailiqe para comprar e revender na capital. Ele estava na companhia de um rapaz menor de idade que foi preso nesta terça-feira, 18. O adolescente confessou o crime.
Era a primeira vez que Antonio viajava na companhia de uma pessoa diferente. Nas últimas viagens, o irmão o acompanhava mas desta vez, por algum motivo, não foi assim.
Na noite do dia 4, Antonio, que morava na embarcação que ficava ancorada algumas vezes no Canal do Jandiá e em outras momentos no Perpétuo Socorro, foi até a casa de uma das filhas e disse que iria viajar acompanhado de um menor que ele chamava de ‘Malaco’.
“Ele disse: caso eu não volte, eu quero que você procure pelo Oseias, que é pai desse menino que está indo comigo, todo mundo conhece ele”, relatou Rosângela Santana, de 42 anos, filha da vítima (foto destaque).
Na quinta-feira dia 13, uma amiga de Rosângela, vinda do Bailique, informou que a dona da casa onde a vítima sempre se hospedava, relatou que viu no dia 9 de outubro, o barco do homem passando muito rápido na frente da pousada. A embarcação estava toda fechada e ela não pôde ver quem estava dentro.
“Na quinta-feira, 13, ela relatou que algumas pessoas passaram oferecendo alguns dos pertences do meu pai, como a corda do barco, cadeados e outras coisas. O marido dela comprou, com a intenção de devolver, aí foi quando começamos a busca”, conta a filha.
A Polícia Civil em trabalho com a Polícia Militar, realizam a busca pelo corpo no arquipélago. O menor teria dado as informações da localização.
“Nós conseguimos apurar que o garoto estaria envolvido no desaparecimento do homem. Ao prestar depoimento ele confessou que junto com um outro cidadão, matou o seu Antonio para subtrair dele um quantia em dinheiro que havia levado para comprar a mercadoria. Eles não informaram quanto tinha, só disseram que era uma pacoteira”, explicou o delegado José Neto do Departamento de Polícia do Interior (DPI).
Além do dinheiro, um motor da embarcação também foi vendido pelo garoto e pelo comparsa. O adolescente foi encaminhado para a Promotoria de Infância e Juventude, onde poderá ser pedida a sua custódia provisória.