Sem a “lei seca”, donos de bares comemoraram o movimento

Comerciantes falam em até 90% de aumento no movimento. Clientes ainda tinham dúvida sobre a efetivação da venda e consumo
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ANDRÉ SILVA

Com a inédita revogação pela Justiça Eleitoral da portaria que proibia o comércio e o consumo de bebida alcoólica durante o dia de votação, donos de bares em Macapá comemoraram o movimento deste domingo, 30, quando acontece o segundo turno do pleito.

Ainda havia dúvida por parte de alguns clientes que procuravam os bares na orla da cidade, se a venda realmente estava liberada.

“O movimento melhorou 90%. Como aqui é restaurante e bar, ele chega tanto para comer quanto para beber, e como no primeiro turno estavam proibidas as vendas ele só comia mas, agora não. O movimento melhorou e muito”, conta a gerente de um bar da Orla do Santa Inês, Cléuma do Socorro, de 33 anos.

Cleuma diz que alguns clientes desistiram de entrar no estabelecimento por não ter certeza da vigência da portaria. 

Bar na orla de Macapá com público em plena tarde de domingo de eleição. Fotos: André Silva

Cena incomum: Bar na orla de Macapá com público em plena tarde de domingo de eleição. Fotos: André Silva

“Eles chegavam, perguntavam, dizíamos que estava liberado, mas mesmo assim ainda tinham dúvida, mas ficavam”, relata a gerente.

Alguns eleitores não concordam muito com  a tradicional proibição. Para eles, estar alcoolizados ou não não interfere na escolha.

“Você tem que ter consciência do que vai fazer com seu voto e eu já tinha, mas eu votei antes de beber “, defendeu o técnico de manutenção de veículos, Maxwel Oliveira, de 29 anos.

Revogada pela primeira vez

O Sindicato de Bares e Restaurantes (Sindbar) por meio de seus advogados,  conseguiu fazer com que a Justiça Eleitoral do Amapá revogasse pela primeira vez a portaria que proibia o comércio e consumo de bebidas alcoólicas em Macapá.

Gerente Cléuma: alguns não acreditavam que estava liberado o consumo

Gerente Cléuma: alguns não acreditavam que estava liberado o consumo

O mandado de segurança foi interposto no sábado, 29. O argumento usado é que a proibição atinge em cheio a liberdade de comércio estabelecida no artigo 5º da Constituição Federal.

Seles Nafes
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