Empresas e Imap são responsabilizados por inundação de Ferreira Gomes

Ação conjunta de MPF e MP-AP cobra reparação material dos danos causados no município
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DA REDAÇÃO

As empresas Cachoeira Caldeirão S.A, Ferreira Gomes Energia S.A e Eletrobras/Eletronorte foram responsabilizadas pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP) e Ministério Público Federal (MPF) pela inundação que atingiu o município de Ferreira Gomes, a 140 km da capital Macapá, em maio de 2015.

Hidrelétrica Ferreira Gomes abriu as comportas devido a cheia do rio

Hidrelétrica Ferreira Gomes abriu as comportas devido a cheia do rio. Fotos: arquivo

A ação civil pública cobra reparação total dos danos ambientais e socioeconômicos na região afetada. O valor do prejuízo é estimado em R$ 100 milhões.

O Instituto do Meio Ambiente e Ordenamento Territorial (Imap) também responderá por omissão. O órgão, de acordo com a ação, foi negligente na fiscalização dos empreendimentos.

Resultado da inundação

Resultado da inundação: prejuízos ambientais

A proposta é que as empresas sejam condenadas a apresentar um plano global de recuperação socioambiental do Rio Araguari e de toda a região degradada.

É parte do pedido também a recomposição com urgência das matas e dos terrenos marginais, da flora e da fauna e a adoção de programas de educação ambiental, de monitoramento da aplicação de recursos e de apoio técnico e financeiro às comunidades para garantir alternativas de subsistência e renda.

“Não foram tomadas providências de comunicação pelo empreendedor ou responsável pelas obras (…) ao constatar alto risco de integridade da ensecadeira ou na iminência do início do seu colapso. A primeira comunicação foi às 10h50min, quatro horas após o início da ruptura”, afirma o relatório da perícia judicial.

Apesar de não ter tido vítimas fatais, inundação deixou milhares de desabrigados

Apesar de não ter tido vítimas fatais, inundação deixou milhares de desabrigados

Embora não tenha havido registro de mortos e feridos, a inundação deixou milhares de desabrigados e provocou danos na infraestrutura urbana, educação, saúde e meio ambiente.

Entenda o caso

No dia 7 de maio de 2015, o rompimento da ensecadeira da Usina Hidrelétrica Cachoeira Caldeirão atingiu milhares de moradores de Ferreira Gomes e causou danos ambientais e materiais.

Seles Nafes
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