Frase “polêmica” de campanha gera debate nas redes sociais

Frase da campanha do Novembro Azul causou as mais diversas reações nas redes sociais de Macapá
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SELES NAFES

A intenção foi muito boa, mas o marketing usado pelo Sindicato das Empresas de Transportes Públicos (Setap) para aderir ao “Novembro Azul” gerou um intenso e divertido debate nas redes sociais, assim como manifestações de apoio e rejeição.

O Novembro Azul tenta estimular o homem a se prevenir do câncer de próstata. O diagnóstico é feito pelo exame de sangue, o PSA, e o toque retal para homens acima dos 40 anos. A resistência a esse segundo procedimento gerou um mito que acaba afasta muitos homens dos consultórios médicos.

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Opiniões se dividem. Foto: Reprodução/Facebook

As empresas de ônibus de Macapá pintaram alguns coletivos de azul acompanhando uma tendência nacional que chegou até nos aviões. No vidro traseiro, foi colocada a seguinte frase: “seu médico quer ter um DEDO de prosa com você”, numa clara referência ao exame que assusta os homens.

“Depende do tamanho da prosa”, disse um internauta bem humorado.

“O problema é o rumo dessa prosa”, disparou outro.

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A reação de outros foi de rejeição.

“Com certeza afasta (o paciente). Faltou criatividade nessa propaganda”.

“Não me convenceu a procurar um médico. Considerei agressiva (a campanha). Inapropriada num momento em que tenta se desmistificar essa ideia”.

Outros fizeram uma análise positiva.

“Prefiro um dedo de prosa que 7 palmos de terra”, ponderou um internauta em tom de piada.

“Na verdade achei interessante. Nada de absurdo”, completou.

O coordenador de Comunicação Social da Prefeitura de Macapá, Diniz Sena, confirmou que a iniciativa foi do Setap, e que o objetivo é chamar a atenção dos homens, e seguir a mesma linha da campanha do Ministério da Saúde, cujo slogan é “Temos que TOCAR nesse assunto”.

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O fato é que o assunto é seríssimo. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil registra 68 mil novos casos por ano. O câncer de próstata é o tipo mais comum entre os homens, mais do que o câncer de pulmão e estômago, por exemplo.

No Amapá não há estatísticas oficiais de mortandade. Por isso, é melhor a prosa do que a saudade. 

Seles Nafes
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