Justiça condena conselheira tutelar por associação ao tráfico

Mesmo condenada, ela continua atuando. O MPF ingressou com ação pedindo o afastamento dela
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De Oiapoque, HUMBERTO BAÍA

O juiz federal Walter Henrique Vilela dos Santos condenou a 10 anos de prisão uma conselheira tutelar do município de Oiapoque, a 600 quilômetros de Macapá, por associação ao tráfico de drogas. A pena é em regime fechado, mas ainda cabe recurso em liberdade.

A decisão é do dia 5 de setembro de 2016, mas só agora foi divulgada na cidade onde Adriana da Silva Gurjão atua atendendo crianças e adolescentes em situação de risco. Ela foi condenada com mais 4 pessoas pelo crime.

De acordo com as investigações e denúncia do Ministério Público Federal, o grupo comprava drogas no Suriname e distribuía no município.

Ministério Público do Estado pediu o afastamento dela

Ministério Público do Estado pediu o afastamento dela. Fotos: Humberto Baía

O portal SELESNAFES.COM procurou a conselheira, mas ela não foi encontrada no local de trabalho. A reportagem deixou recado e telefone pedindo retorno, mas ela não fez contato. Apesar da condenação, o presidente do Conselho Tutelar, Weldel Pereira, minimizou a situação.

“O que aconteceu são águas passadas”, limitou-se a avaliar.

Mas não é isso o que acha o presidente do Conselho da Criança e Adolescente de Oiapoque. Maurício Brasil, que está em Brasília e falou por telefone.

Presidente do Conselho Tutelar: são águas passadas

Presidente do Conselho Tutelar: são águas passadas

 

“Para a imagem do Conselho Tutelar isso é horrível, com base no processo do Ministério Público Federal (1231-26.2011.4.01.3100), vamos tomar nossas decisões. A conselheira será afastada imediatamente, apesar de a sentença ter sido em primeira instância e caber recurso. Mas não podemos associar a imagem do conselho com esse fato”, observou.

O promotor de Justiça de Oiapoque, Manoel Edir (foto de capa),  ingressou na última terça-feira, 29, com ação civil pública pedindo o afastamento dela do cargo em função da condenação.

Há 4 anos, outra conselheira também teve problemas com a justiça ao falsificar documento público. O caso também teve muita repercussão  na  cidade.

Seles Nafes
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