Operação apura fraudes em indenizações na Alap

Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na prédio administrativo da Assembleia Legislativa
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SELES NAFES

Policiais civis e uma equipe do Ministério Público do Estado cumpriram mandados de busca e apreensão no prédio administrativo da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) na manhã desta segunda-feira, 7. A “Operação Rescisão” apura supostos pagamentos fraudulentos de indenizações trabalhistas em altos valores a assessores de deputados.

O anexo onde funcionam os setores de finanças e administração da Alap fica na Rua Santos Dumont, no Bairro do Buritizal, Zona Sul de Macapá.

Policiais foram a todos os setores, incluindo o Departamento de Recursos Humanos, Diretoria Geral e Secretaria de Finanças. Foram apreendidos documentos e HDs. 

Não havia mandados de condução coercitiva. O secretário de Finanças da Alap, Pedro Paulo, se apresentou para depor espontaneamente. A diretora geral, July Barros, se reservou ao direito de depor apenas em juízo. Ambos foram empossados na última sexta-feira, 4. 

Carro da Polícia Civil na manhã desta segunda, 7, no anexo da Alap: denúncia anônima

Carro da Polícia Civil na manhã desta segunda, 7, no anexo da Alap: denúncia anônima. Fotos: Cássia Lima

As investigações começaram a partir de uma denúncia anônima ao MP. 

“Ainda não existe um valor. Teremos que analisar pagamento por pagamento, até chegarmos a um montante”, disse a promotora Andrea Guedes, da Promotoria de Investigação Criminal (Picc) do MP. 

O pagamento de indenizações na Assembleia Legislativa também está sendo acompanhada pelo Tribunal de Contas do Estadoo (TCE). Em agosto deste ano, o tribunal requisitou informações da Alap a respeito do pagamento de R$ 13 milhões em apenas 8 meses da administração de Kaká Barbosa (PT do B), presidente destituído pelos demais deputados após uma manobra que dissolveu a mesa diretora da Alap em setembro. 

A assessoria de comunicação da Alap disse que está colaborando com a investigação.

“Estamos franqueando acesso a todas as informações e documentos requisitados pelas autoridades, e somente após ter acesso aos autos é que será possível à Procuradoria Geral da Casa uma manifestação oficial”, informou o assessor Cleber Barbosa. 

 

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