ANDRÉ SILVA
Termina neste domingo, 13, o maior evento de ideias inovadoras do Amapá, “Startup Weekend”. No primeiro dia, sexta-feira, 11, os 100 participantes tiveram que apresentar suas propostas em um minuto, mas apenas 14 foram selecionadas.
Cinco profissionais com ideias já bem sucedidas ajudam os futuros empreendedores digitais a desenvolver seus projetos, entre eles, Jéssica Behrens, que tem uma startup encubada na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Boas ideias
Entre as ideias selecionadas estava um aplicativo que ensina crianças a trabalhar com programação de sistemas desde o ensino fundamental.
“A ideia é fazer com que as crianças tenham esse contato com a tecnologia o mais cedo possível. A programação cria no aluno o senso crítico, auxilia no aprendizado dele. Não queremos entregar nada de mãos beijadas para a criança, e sim instigá-la a construir seus conhecimentos”, explicou Lucas Faoro, líder da equipe que desenvolve o school programming (escola de programação).
Outro pré-projeto que também chama a atenção pela praticidade – que deve ser a marca de qualquer empresa de startup -, é a que está sendo desenvolvida pelos amigos Emanuel Mendes, de 14 anos, e Álvaro Paiva, de 18 anos, que consiste em um aplicativo que permite com que pessoas do país todo possam emprestar, alugar ou trocar livros.
“A ideia é criar esse aplicativo para que as pessoas possam trocar ou comprar livros de forma barata. Qualquer pessoa em seu estado de origem pode entrar em contato com pessoas do próprio estado para trocar, emprestar ou vender livro. A pessoa que empresta é avaliada e o aplicativo vai permitir com que as outras pessoas criem confiança nela”, justificaram os amigos.
Seleção das ideias
Após a seleção, os candidatos foram colocados em votação e as melhores e mais viáveis passaram para a próxima fase, a validação.
“Cada um teve um minuto para dar a ideia de startup, após isso passamos para o papel e colamos na parede e cada participante teve o direito a três votos. Selecionamos as 14 mais votadas, dividimos os grupos e cada grupo trabalha com uma dessas ideias”, explicou o facilitador do evento, Marcos Medeiros, da Tec Star.
Mentoria
Todos os grupos vão poder ter acesso ao conhecimento de alguém mais experiente e que tenha enfrentado problemas reais até que sua ideia estivesse consolidada. Neste ano, cinco mentores participam. Jéssica Behrens, dona da startup de moda colaborativa com mais de 50 mil produtos.
“Nenhum desses produtos é meu. Eu nunca vi eles. Eu ofereço a casa (site) onde cada pessoa pode criar sua lojinha virtual, sua própria feira de troca, brechó. As pessoas colocam suas lojas lá, se comunicam com compradores e outros lojistas, e eu sou apenas a fornecedora da plataforma”, explica a empreendedora e mentora do evento.
Neste domingo, as três finalistas vão receber a oportunidade de receber “mentoria” permanente, ou seja, orientação adequada para transformar a ideia em negócio.