OLHO DE BOTO
Uma adolescente de 16 anos foi apreendida quando transportava cinco quilos de maconha em uma mototáxi no início da noite da quinta-feira, 1º, na Zona Norte de Macapá. Segundo a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) do Amapá, a garota assumiu o lugar dos pais no tráfico de drogas.
Por volta das 18h, policiais estavam monitorando a residência dela, localizada no Bairro Jardim Felicidade I, quando avistaram, deixando o imóvel, um mototaxista levando a adolescente na garupa.
Na abordagem, os policiais descobriram que a garota carregava 5 quilos de maconha que estavam sendo levados para uma boca de fumo. A menor foi apreendida e o condutor da motocicleta foi preso.
A mãe da adolescente está presa desde o último dia 22 acusada de comandar o ponto de venda de drogas. Nessa dia, a DTE apreendeu 1 quilo de cocaína, além de crack, maconha e outras drogas.
O tio da garota, que operava o “disk entrega”, nas palavras do titular da delegacia, Sidney Leite, também foi preso no dia 22. Na audiência de custódia, ele foi solto para responder ao processo em liberdade, mas a mãe permaneceu presa.
Apesar das duas prisões, contudo, o esquema de venda de drogas teria continuado com o mototaxista Rogério Cleber Araújo, de 31 anos, assumindo o lugar do tio da menina nas entregas.
“Ele diz que não sabia que se tratavam de drogas, mas nossas investigações mostram o contrário. Na verdade, ele assumiu o lugar do tio da menina”, afirmou o delegado Sidney Leite.
Com as novas prisões, a Polícia Civil espera ter desarticulado a quadrilha familiar, que na verdade ainda tem outro parente envolvido.

Delegado Sidney Leite comandava o Núcleo de Operações e Inteligência (NOI): “É só o começo”, avisou. Foto: Arquivo/SELESNAFES.COM
“A menina tem ligação com o pai dela, o Alex Moura, que está preso na penitenciária por tráfico”, informou o delegado.
Sidney Leite comandava o Núcleo de Operações e Inteligência (NOI) da Polícia Civil e assumiu a DTE no último dia 6 de novembro. Segundo ele, os 10 quilos de drogas apreendidos a partir de sua chegada na DTE são apenas o início de um novo trabalho.
“É só o começo. Faremos prisões mais contundentes com operações maiores”, adiantou.