CÁSSIA LIMA
A Associação de Criadores de Pássaros Canoros e Avilhados do Amapá (ACPCA) estima que existam cerca de 7 mil criadores de pássaros no estado, mas apenas 400 tem registro na Secretaria de Meio Ambiente (Sema). A entidade busca incentivar a legalização dos animais.
Segundo o presidente da Associação, Ken Kennedy, hoje os 200 associados realizam campanhas educativas, exposições e torneios de pássaros para fomentar a legalização.
“Nós buscamos divulgar a legalidade da criação em ambiente doméstico. Nosso objetivo é mostrar para a sociedade que podemos criar em casa, mas nas condições ideais e dentro da legislação”, frisou Kennedy.
Qualquer pessoa pode ser criador de pássaro, mas para isso é necessário alguns requisitos. Primeiro, o animal ter que ter a anilha, uma espécie de “CPF” que é fornecido pela Sema.
“É muito comum as pessoas nos procurarem para regularizar animais que caíram em casa e foram cuidados, ou aqueles extraídos da natureza, como o papagaio. Mas não damos registro se não for de criadouro”, destacou o analista da Sema, Alexandre Bragança.
Todos os anos os criadores de pássaros devem fazer um recadastro na Sema, com cópia de RG, CPF, comprovante de residência, preferencialmente no nome do criador e um boleto, que pode ser adquirido no site da Sema na sessão do Sispass. O valor é de R$ 95 reais. O mesmo vale para registros novos de pássaros.
“Esse registro legaliza os pássaros criados em casa. Atualmente, nossa maior demanda são de Macapá e Santana e a espécies mais procuradas são o Curió e o Bicudo pelo belo canto”, ressaltou o analista.
Aquelas pessoas que não tem o registro e o número de anilha do seu pássaro, ou seja, tem ele de forma ilegal podem perder seu animal durante fiscalização dos órgãos competentes, como o Batalhão Ambiental.
“Quero ressaltar que é importante as pessoas entenderem que essa comercialização e criação de animais deve ser de pássaros provenientes de criadouro. Você não pode pegar um animal da natureza e criar, isso é crime ambiental”, disse ainda Alexandre Bragança.
O estado do Amapá só tem criadores amadores, ou seja, que criam apenas para ter em casa ou participar de competições. Existe, uma outra modalidade de criação que é a comercial, quando o criador tem mais de 100 animais para venda.