Explorado irregularmente, Macapá Hotel vale R$ 27 milhões

Prédio é o mais caro entre os bens do governo do Estado que já foram identificados para leilão
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SELES NAFES

A Secretaria de Administração do Amapá (Sead) aguarda apenas os pareceres da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para publicar o edital de leilão de bens do governo do Estado. O mais caro deles, o Macapá Hotel, foi avaliado em R$ 27 milhões. Outros bens, a maioria em estado de abandono, estão sendo mapeados também nos municípios.

O Macapá Hotel foi inaugurado em 1945, e durante décadas foi um dos pontos de encontro da sociedade amapaense, que frequentava o restaurante, o bar, salão de jogos, barbearia e até uma engraxataria.

Nos anos de 1990, o local passou a ser explorado por uma rede nacionais de hotéis, o que manteve seu requinte. Nos últimos 20 anos, contudo, já nas mãos de outro grupo, o hotel foi mal administrado e caiu da condição de hotel mais frequentado de Macapá.

Macapá Hotel em 1945: ponto de encontro

Macapá Hotel em 1945: administração sem compromisso com o turismo e a história

Há dois anos, o lugar é administrado sem contrato. Ou seja, o governo do Estado, proprietário do prédio, não recebe um centavo pela exploração do lugar.  

“Não há contrato vigente. Nós encaminhamos o processo para a PGE para as providências legais, já que ali vai ensejar uma ação de desocupação”, adiantou a secretária de Administração, Suelen Amoras.

Navio comandante Solon permanece sem avaliação. Foto: Secom

Navio comandante Solon permanece sem avaliação. Foto: Secom

Além do Macapá Hotel, o governo do Estado já decidiu que irá vender o prédio onde funcionava a Casa do Estudante em Belém, avaliada em R$ 2,3 milhões, e o navio Comandante Solon, que ainda não teve o valor de venda calculado.

A Sead foi informada pela Marinha que será necessário realizar uma licitação para escolher a empresa que fará a avaliação do navio. A secretaria está debruçada na formulação do edital, e também na identificações de outros bens que podem ser vendidos.  

A meta, no momento, é leiloar logo o patrimônio que já foi identificado. 

“Se formos fazer em todos os municípios de uma vez vai terminar o ano que não teremos realizado nenhum leilão”, justificou a secretária.

Procurada pelo portal SELESNAFES.COM, a PGE não soube informar quando entregará os pareceres para o início do processo de leilão.  

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