ANDRÉ SILVA
Um grupo de mulheres formado por sindicalistas, ativistas sociais, integrantes de coletivos e de partidos políticos, estiveram reunidas na tarde desta quarta-feira, 8, Dia Internacional da Mulher, em uma marcha onde pediam mais direito, fim do machismo e greve geral. A concentração da ‘Março Feminista’ aconteceu na Praça Veiga Cabral, Centro de Macapá.
Ao invés de flores e homenagens, as manifestantes afirmam que as mulheres querem mesmo é reivindicar seus direitos. Com palavras de ordem, faixas e placas, mais de 100 mulheres chamaram a atenção de quem passava e assistia o ato.
A marcha, que iniciou de baixo de chuva, seguiu por algumas ruas. Por meio de falas no carro som, elas expuseram suas reivindicações, entre elas: mais espaço nos principais setores de trabalho e mesmo direito que o homem, o fim da violência contra as mulheres e do preconceito e o cumprimento das políticas públicas para as mulheres.
Além dessas, elas também impulsionaram um indicativo de greve geral que já está sendo discutido por outros movimentos feministas pelo país.
A professora e ativista social, Sandra Cardoso, explicou que o ato acontece em quase cinquenta países por meio de paralisações e marchas semelhantes a essa que aconteceu hoje.
“Nós já tivemos muitas conquistas, é claro, mas ainda temos muito a conquistar. O que já alcançamos ainda não está atendendo a necessidade de todas as mulheres, infelizmente, tanto em nível nacional, estadual e municipal”, reforçou a ativista.
Outra bandeira levantada pelo movimento, é o fim da reforma da previdência enviada ao congresso, que iguala o tempo de serviço entre homens e mulheres na hora da aposentadoria.
Muitos homens solidários a luta estiveram presentes na marcha. Para eles, as mulheres já conquistaram algum espaço, mas ainda falta muito.
“Esse tipo de ato é muito importante para mostrar o papel da mulher na sociedade e deixar claro que ainda existe sim muita desigualdade e que muito precisa ser feito para melhorar. Tem índices estatísticos que mostram essa desigualdade não só na região norte, mas em todo o Brasil”, destacou o pesquisador Aristóteles Almeida.